terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Correria de fim de ano!


Incrível como este ano passou rápido! Já estamos a 10 dias do Natal... inacreditável!

Hoje o post vai ser estilo "meu diário" porque o pessoal do Brasil já tá sentindo falta das novidades!! Minha mãe disse que passou por aqui semana passada achando que veria as fotos da neve, mas não tive tempo de atualizar o blog! Ainda bem que os outros blogueiros se encarregaram de fazer isso!

Esta é minha última semana no College, então a correria dos últimos dias foi demais. Semana passada não tive um dia tranquilo. Muitos trabalhos pra entregar, provas, apresentações... uma loucura! Hoje só estou "à toa" em casa por causa de um pequeno acidente doméstico que sofri na semana passada, que me rendeu um ponto no dedinho da mão direita e me impossibilitou de fazer uma prova com duração de três horas esta manhã. Pra falar a verdade esse pontinho no meu dedo veio a calhar! Só assim pra eu relaxar um pouco dos estudos! Melhor ainda se não estivesse latejando e dolorido!! heheh

No último fim de semana nós fomos comprar umas coisinhas pra organizar a casa e receber nossa primeira visita: a sogra vem aí! Ela chega dia 22, um dia depois da chegada do inverno! Eu vou ter um pequeno break no College, mas dia 29 começa meu primeiro estágio! O Pedro vai tirar a primeira semana de janeiro de férias pra passear com a mãe dele por aqui. E entre Natal e Ano Novo nós vamos pra Ottawa, Montreal e Quebec City. Achamos um pacote baratinho na Tai Pan Tours. Vai ser bate-e-volta... só três dias, mas tivemos boas recomendações da empresa. Tomara que não estejamos comprando gato por lebre!!

Aproveitando a visita da sogra nós também vamos ver The National Ballet of Canada; devemos voltar a Niagara; CN Tower e fazer os passeios básicos a museus e afins. Não vai ser o frio que vai nos impedir de aproveitar!!

Falando em frio... semana passada tanto eu quanto o Pedro quase tivemos nosso rosto congelado com o vento de menos 19 graus! Mas agora já estamos prevenidos! Compramos nossos neck warmer e eu providenciei também um outro, no estilo balaclava. Quem depende de transporte público, como nós, tem que estar sempre protegido no inverno, porque o vento parece que corta a nossa pele, de tão gelado! O Pedro nem fica tão exposto ao tempo quanto eu, porque o prédio onde ele trabalha tem ligação com o metrô, mas eu não tenho essa mordomia!

Bom, e já que este post está ficando de trás pra frente, não posso deixar de comentar a minha primeira experiência com a neve!! Que coisa mais linda! (a foto do post é a vista da nossa janela no dia 9 de dezembro, 7 da manhã) Estou encantada!! No primeiro dia achei bem estranho andar na neve, porque estava chovendo e ela estava bem molhada, o pé afundando... Já no dia seguinte, estava escorregadia. O jeito é andar com cuidado e torcendo pra não cair!! E mais uma vez: principalmente pra quem não tem carro, as botas de neve são essenciais!!

Já tínhamos comprado as nossas em outubro. Estreiei a minha no dia da Cavalcade of Lights e fiquei meio desconfiada da qualidade dela, afinal, a temperatura não estava abaixo de zero e meus pés ficaram gelados. Depois usei mais duas vezes, na semana passada, e precisei fazer um "remendo" com algodão por dentro porque tinha uma falha no forro e estava machucando meu pé. Como temos um longo inverno pela frente, resolvi devolvê-la, peguei meu dinheiro de volta e comprei outra, dessa vez suuuper quentinha, confortável e com ranhuras na sola. Paguei quase o dobro do preço, mas agora meus pés estão mais protegidos. Com botas e casacos não se pode fazer economia!

Acho que as novidades são essas! Depois escrevemos contando e recomendando (ou não!) nossos passeios! Aproveito pra desejar um ótimo Natal a todos e que 2010 seja um ano especial e cheio de realizações pra todos nós!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Toastmasters na luta contra o "ummmmmmmm"


Ate chegar no Canada, eu jamais tinha ouvido falar sobre Toastmasters - seria algum fabricante de torradeira?

Na verdade trata-se de uma organizaçao que completou 85 anos em outubro e que possui diversos clubes espalhados pelo mundo. Seus membros se reunem tendo por objetivo ajudar as pessoas a se expressar melhor em público.

Meu primeiro contato com membros desse grupo foi durante workshops no Skills for Change, onde os alunos falavam de improviso na frente dos colegas, que depois faziam criticas construtivas sobre o desempenho de cada um - um agradável ambiente de apoio para a prática do inglês.

Logo na minha primeira semana de trabalho descobri que aqui tambem ha um clube do Toastmasters que se encontra semanalmente. A empresa inclusive da suporte ao grupo pagando a taxa de filiaçao e disponibilizando sala de reuniao para os encontros. Na medida em que os membros desenvolvem tecnicas de liderança e de apresentaçao em publico, entre outras coisas, o investimento no Toastmasters eh um retorno certo para a companhia.

No primeiro encontro em que fui reparei que pelo menos metade da classe era de imigrantes. O clima eh muito legal, de apoio mutuo.

Toda semana ha um tema diferente, e ai cada um precisa levantar e falar em publico sobre o assunto, de acordo com a pergunta sorteada. Eh uma maneira muito legal de aprender sobre diferentes temas e tambem sobre as pessoas que trabalham com voce, que geralmente sao muito fechadas no ambiente de trabalho. Sem mencionar a parte do networking!

Entre as pessoas do grupo, algumas desempenham um papel diferente a cada encontro.
Por exemplo, uma pessoa anota quanto tempo cada pessoa falou em seu discurso, outra aponta falhas gramaticais, como utilizar de "pausas audiveis" como "ah," "er," "um," "well," and "you know" (pega super mal numa entrevista de emprego!). O pior eh que isso eh uma praga. Eu trabalho ao lado de uma filipina que usa um "ummmmmmmmmmmmmmmmm" a cada duas palavras, assim como uma canadense na baia ao lado. E aos poucos a gente vai incorporando isso...na ultima reuniao do Toastmasters a menina anotou tres "um" e um "er" no meu discurso.

Ha tambem um membro que define qual sera a palavra do dia - e ela deve ser utilizada por voce na sua apresentacao, caso contrario voce eh "convidado" a depositar 50 cents no cofrinho do clube.

Eu nao sei se ja existe Toastmasters ou algo do genero no Brasil, mas com certeza, assim como aconteceu com o tweeter da vida, a moda ainda vai pegar - mas dessa vez pra algo de melhor utilidade.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Tá na cara!


Ultimamente temos feito um joguinho de adivinhação quando estamos nas ruas, e digamos que estamos certos em 100% das vezes. Na maioria das vezes é o Pedro quem repara, porque eu sou meio distraída. O "jogo" é adivinhar se aquelas meninas, aquele casal, enfim... aquelas pessoas são brasileiras. Incrível como brasileiro tem cara e jeito de brasileiro! Pra japonês, indiano, koreano... isso é muito simples e fácil. Mas nós, brasileiros, um povo "misturado", eu não imaginava que seria tão fácil adivinhar. E não estou falando só de quando estamos na região da Dufferin não (aliás, não gosto daquele lugar! Mas é lá que compro meu pão de queijo!). Quando estamos lá é mais fácil tentar adivinhar quem não é brasileiro!

Uma vez peguei o elevador com duas meninas brasileiras (e muitas outras pessoas) e elas estavam falando de dinheiro. Uma disse que estava com todo o dinheiro que havia trazido com ela, ali na mochila. Uns 2 mil dólares. A outra disse que tinha deixado 500 dolares no quarto e que estava com 700 na carteira. Elas conversavam sobre isso tranquilamente, supondo que ninguém entendia bulhufas. Só pra deixá-las espertas, segurei a porta pra elas passarem e uma delas me agradeceu: "thank you!" - e eu, bem sorridente: "de nada!"

Outro dia estávamos na região da Union Station e passaram duas meninas por nós. Elas não estavam conversando. Simplesmente andando... e o Pedro disse: "essas aí são brasileiras". Olhei pra trás e não concordei nem discordei. Não tinha como saber. Mais tarde, vimos as duas de novo, dessa vez conversando. Elas eram brasileiras mesmo! Só não consegui distinguir pelo sotaque se eram de Santa Catarina ou do Rio Grande do Sul.

Hoje, voltando sozinha no metrô lotado, comecei a ouvir uns brasileiros conversando. Gostei de ouvir palavras facilmente decifráveis (rs) e resolvi parar por ali mesmo e ficar escutando a conversa deles, como quem não quer (e não entende) nada. Estavam falando de compras... um tinha comprado um perfume da LaCoste, a outra, uma bolsa da Guess... estudantes torrando o dindin dos pais!!

Eu estava em pé, no corredor do trem, e quando olhei pro outro lado vi que duas meninas estavam olhando pra mim. Quando olhei pra elas, uma perguntou pra outra: "como você sabe?" e a primeira respondeu: "tá na cara, disfarça!". Pensei: "nossa... será que elas me conhecem?! Será que lêem meu blog?" (isso merece um parênteses: eu e o Pedro já fomos reconhecidos uma vez por causa do blog, né, Silvia Faian?! Então não seria tanta pretensão minha achar que alguém estava me reconhecendo no meio do metrô!).

Mas... eu estava ali observando aqueles brasileiros e nem me dei conta de que eu também sou brasileira. E eu também estava sendo observada e reconhecida pela minha aparência. As meninas continuavam intrigadas com a minha presença ali. Me analisando... mas não sei por que, nem disfarçaram mais. Começaram a comentar entre elas a quantidade de "brazucas" que tem em Toronto. E disseram que é fácil perceber pelas roupas, pela feição... Nisso, o trem parou na Dufferin Station (ca-la-ro!) e elas avisaram mais uns 3 ou 4 que estavam indo ao shopping (socorro!!! Tanto shopping legal por aqui... whatever...). Aí, como uma das meninas, insistia em olhar pra mim, eu disse pra ela: "É... Dufferin é o bairro dos brasileiros!!" e ela, toda feliz, puxou a amiga: "Você estava certa!! Ela é brasileira!"

Sou mesmo! Com muito orgulho!! =)

terça-feira, 10 de novembro de 2009

7 meses depois...novo emprego e passeio a Woodbine.

Nesta quarta, feriado de Remembrance Day (ano que vem vou usar a tal poppy com certeza), completamos 7 meses de Canada.

A Daniela se encontrou por aqui quando achou seu rumo em agosto, com a faculdade e a expectativa de uma nova carreira.
Ja no meu caso, encontrei a felicidade quando comecei no meu novo trabalho, no ultimo dia 19/10.

O primeiro emprego eu consegui ainda no segundo mes por aqui e posso dizer que foi uma experiencia ruim e estressante, pra dizer o minimo, que me mostrou que nao eh so no Brasil que tem picareta.

Mas Deus escreve certo por linhas tortas e apos pouco mais de 3 meses de muita angustia com esta situaçao, recebi um telefonema pra uma nova entrevista na empresa em que estou trabalhando hoje, o que me pegou de surpresa, pois havia estado la para uma primeira entrevista na mesma epoca em que comecei no outro emprego, nem esperança tinha mais...

Talvez ter feito pensamento positivo possa ter ajudado: toda vez que descia na estaçao do metro York Mills pra pegar o onibus a caminho do trabalho, eu via o tunel que dava acesso pro predio dessa empresa em que trabalho agora, e automaticamente me vinha a mente como eu gostaria de deixar de pegar este maldito onibus e seguir pelo caminho oposto. E hoje toda vez que passo por la eu agradeço, o sonho se tornou realidade!


Agora tanto eu quanto a Daniela estamos muito felizes, com a tranquilidade de saber que o pior da fase de adaptaçao ja passou e que muitas conquistas estao por vir.

No ultimo sabado fomos conhecer Woodbine, que eh um complexo aqui em Etobicoke onde ha mais de 2.000 máquinas caça-níqueis e um hipodromo. Nao somos fa de casinos, mas como a OLG detem o monopolio desta industria em Ontario e no dia-a-dia eu estou envolvido com este negocio, a visita nao foi mero entretenimento.
Foi nossa primeira vez nesse ambiente e achamos bastante divertido. Começando na hora de entrar, quando pegamos a fila expressa exclusiva pra maiores de 30 anos e a recepcionista perguntou se nos ja estavamos nessa faixa etaria. :-)

Na verdade nao entendemos direito como jogar nas tais máquinas caça-níqueis e perdemos 5 dolares num piscar de olhos! Alias, grande coisa, porque eh impressionante a quantidade de notas de alto valor que o pessoal gasta nas apostas. Vimos um indiano que devia ter todo ouro encontrado em Serra Pelada no pescoço! Mas o que da mais raiva eh observar os velhinhos que mal devem saber ligar um computador dominando as apostas com maestria, e nos dois sem a minima noçao!

Deixamos o casino e fomos pro andar de cima, que da acesso pras apostas nas corridas de cavalo e pra arquibancada.
Resolvemos fazer a aposta minima (2 dolares) e escolhemos o cavalo de numero 5, no chute mesmo.
A corrida começou e nosso cavalo ficou pra tras, em penultimo lugar.
Mas a sorte estava do nosso lado e na reta final o bicho disparou como um foguete e ganhou por um decimo de segundo!!!
A Daniela começou a gritar achando que iriamos ganhar uma fortuna!haha
Acabamos faturando 11 dolares, nada mal pra quem apostou 2! A taxa de retorno esta excelente - sem contar a diversao!

Pra quem pretende visitar Woodbine, o onibus 37A sai da estaçao Islington do metro e chega la em cerca de 15 minutos.

sábado, 31 de outubro de 2009

Halloween


O clima de Halloween já estava tomando conta da cidade há alguns dias, principalmente nas lojas, com fantasias a venda e caixas de chocolates e balas, que já são elaboradas com kits para a ocasião. Isso sem contar a quantidade de abóboras!

Mas foi ontem que começamos a ver pessoas fantasiadas nas ruas, ônibus e metrô. Pensei que fossem somente as crianças que aproveitavam esta data, mas vi muitos adultos empolgados também. Alguns bem desinibidos, como um Batman que passou por mim hoje na rua, na maior naturalidade, e outros mais contidos, como uma moça no metrô, muito bem-vestida, que carregava um chapéu de bruxa na mão. Tá certo que ela estava usando um sobretudo, e por baixo dele provavelmente não tinha uma roupa comum, já que só depois de um tempo fui reparar que ela usava uma meia-calça roxa, nada discreta! - se bem que em se tratando de Canadá esse tipo de roupa é "comum" nos outros 364 dias do ano também!

Infelizmente não pudemos explorar muito o nosso primeiro Halloween por aqui, porque hoje tive um curso durante todo o dia. Mas assim que cheguei resolvemos dar uma volta aqui pelas casas da vizinhança pra ver as crianças na deliciosa missão do "trick or treat"! Confesso que deu uma invejinha boa delas!! Uma vontaaade de voltar a ser criança e sair por aí fantasiada, com uma sacolinha nas mãos, e ganhar um montão de doces, chocolates, balas... Huuumm!

O Pedro até sugeriu que batêssemos nas portas das casas e contássemos uma história triste pra ver alguém se comovia, mas achamos melhor ficar só observando mesmo!

O cenário é muito legal! A maioria das casas com enfeites, luzes, abóboras... algumas até com músicas de "terror" pra entrar mesmo no clima! Tudo fica especialmente bonito com as cores do outono e os tapetes de folhas no chão. E a alegria das crianças batendo de casa em casa?!! Foi muito gostoso de ver! Os donos das casas parecem gostar tanto quanto as crianças! Vimos um senhorzinho na porta de casa aguardando a sua vez de destribuir os doces, e enquanto as crianças não chegavam ele "mandava ver" num pacote de balas!

Na volta pra casa passamos na Blockbuster e aproveitamos pra comprar uns chocolatinhos, só pra não ficar na vontade! E quando estávamos em casa jantando, ouvimos nossa vizinha de três anos gritar "trick or treat!! Trick or treat!!" Gelei...: "meus chocolatinhos não!!!" - mas ela não bateu na nossa porta! Ufa! Acho que estava só ensaiando enquanto esperava o elevador!

No ano que vem, acho que vamos pegar algumas crianças emprestadas (enquanto a(s) nossa(s) não vem), pra sentir realmente o gostinho de arrecadar essas gostosuras de porta em porta!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Vamos fugir da gripe!




Com a chegada dos dias mais friozinhos, temos voltado a ouvir falar com mais frequência a respeito da H1A1, também conhecida como swine flu. Hoje de manhã, assistindo ao noticiário, fiquei triste e assustada com a morte de um menino saudável, de 13 anos, vítima de swine flu. O que parecia ser um resfriado comum acabou com a vida dele em trê dias. Isso é muito preocupante.

Sei que todos os que passam por aqui são pessoas bem informadas, mas não custa nada reforçar alguns cuidados simples que podemos (e devemos) tomar para evitar ficarmos gripados.

- tome bastante líquido. Nunca é demais. A água é um santo remédio!
- lave com frequência e muito bem as suas mãos. Não tô dizendo pra dar uma molhadinha nas mãos não! Lave sem moderação! Ensaboe bastante!! Como vou começar a trabalhar com crianças, a instrução que tenho é de gastar 15 segundos nessa "tarefa". Isso é muito importante para evitar espalhar germes por aí. Caso você esteja num lugar fora do alcance de água e sabonete, use hand sanitizer, que é superprático e se acha em qualquer farmácia. Eu ando sempre de ônibus e metrô, então levo um desses comigo na bolsa.
- cuidado ao espirrar! Use a técnica da manga da blusa. É preferível fazer isso a usar as mãos para "cobrir o espirro" caso você não tenha um lenço de papel por perto.



Além desses cuidados básicos, vou colocar outros aqui, que vamos aprendendo no dia-a-dia. Conversando com nosso family doctor a respeito de este ser o primeiro inverno que vamos enfrentar por aqui, ele me disse que o mais importante é não estressar. E também me recomendou fortemente tomar a vacina contra gripe (li hoje no jornal que é esperado que 75% da população tome... espero não encontrar com os outros 25 no meu caminho!) Além disso, disse que é bom tomar um complexo vitamínico, que vai ajudar a nos manter saudáveis. Recomendou o Centrum, mas procurei ontem na farmácia e existem vários tipos de Centrum. Vou pesquisar direitinho antes de comprar, mas se alguém tiver algum palpite, por favor, deixe um comentário!

E hoje, na minha aula de saúde, a professora nos deu uma dica fácil para evitar a proliferação de germes. Fazer diariamente um gargarejo com água e sal, e também passar/pingar essa água nas narinas. Isso vai fazer com que os germes não consigam sobreviver para te prejudicar!

Alimentação saudável, exercícios diários, boas horas de sono... Já sabemos a receita! Basta colocar em prática!

Cuide-se! Viva com saúde!! =)

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Dani é noticia no Toronto Star

A ideia de vir pro Canadá foi minha, e a Daniela ficou bem desconfiada com esta mudança de vida no começo. Só se animou após pesquisar os blogs e sobre a vida por aqui.

Chegamos em abril deste ano. Ela começou as aulas de inglês e em cerca de 3 meses já havia chegado ao ultimo estágio do curso. Decidida a iniciar uma nova carreira, fez um workshop numa instituiçao chamada Times Change, e chegou à conclusão de que queria trabalhar com educação infantil. Recomendaram uma faculdade chamada Mothercraft, que é a de melhor reputação por aqui nesta área. Ela foi aprovada após fazer provas e entrevistas, e hoje está radiante com as aulas, com as novas colegas e com todas as descobertas do dia-a-dia.

E na semana em que completamos 6 meses no Canada, saiu no jornal The Toronto Star de hoje uma matéria sobre essa instituiçao que a orientou na busca por uma nova carreira. A conselheira do Times Change pediu que a Dani fosse a pessoa entrevistada pelo jornal (reportagem na foto anexa).

Eu tinha que vir aqui no blog escrever sobre isso, pois estou muito orgulhoso da adaptaçao dela por aqui. Por maiores que sejam as dificuldades, tudo isso é pequeno ao acompanhar a cada dia o crescimento e a felicidade dela. Que continue sempre assim!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

In Afghanistan!!


Outro dia eu estava indo almoçar com minhas amigas, quando ouvi um cara gritando, num carro que passou por nós:

- Where is Bin Laden?!!

Gelei, porque atrás de mim vinha a "moça da burca", que estuda comigo. Pensei em fingir que não tinha ouvido (impossível, o idiota gritou muito alto), ou simplesmente que não tinha entendido (se bem que a frase não é nada complexa). Mas nada disso foi necessário, já que a "moça da burca" retrucou, também gritando:

- In Afghanistan! - (detalhe: morrendo de rir).

As pessoas me surpreendem!


domingo, 4 de outubro de 2009

Outono

Hoje fizemos um passeio a Elora para tirar "fotos de outono". Nem vou perder tempo tentando explicar como é tudo muito bonito...



sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Pérolas, contrastes, culturas...




Semana que vem faz um mês que começaram minhas aulas no College e eu tenho não só aprendido, como ensinado muito também. É muito legal conviver com tanta gente de culturas, costumes e religiões tão diferentes!

Algumas curiosidades:

Hoje fui almoçar com uma russa, uma canadense, que é judia ortodoxa e não comeu nada porque não estávamos num restaurante Kosher, uma paquistanesa muçulmana e uma indiana suuuper muçulmana, daquelas que usam burca e deixam só os olhos à mostra. Que salada, não?! Mas nos damos muito bem e damos sempre boas risadas!

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Outro dia, na hora da chamada, tivemos que, em vez de dizer "yes" ou "here", gritar algum adjetivo, claro, sem repetir nenhum. Lá pelas tantas, uma das alunas gritou a palavra "sexy" e a canadense-judia e a indiana-muçulmana quase morreram de vergonha! Arregalaram os olhos, a canadense abriu a boca (a indiana, não sei dizer), e uma delas comentou: "Imagina falar uma palavra dessas em voz alta!!"

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Uma das canadenses da minha sala é toda "saidinha". Está sempre de decote, alcinha, passando cremes, retocando o gloss, rímel... E sempre que temos aulas combinadas (as duas turmas junto), ela senta ao lado da moça da burca. Eu olho a cena e morro de vontade de tirar uma foto! Uma toda coberta e a outra toda descoberta! Outro dia elas mesmas brincaram com a situação! Bom... acho que pra puxar papo, a coberta, sabendo que a descoberta fuma e tem uma irmã gêmea idêntica, perguntou se a irmã dela também fumava. A descoberta manda a seguinte resposta: "Yes, and she smokes the other stuff too!!" - e levou os dedos à boca, mostrando que a irmã fuma maconha. Não preciso nem dizer que a conversa parou por aí.

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Diálogo com minha amiga russa:
Ela: - Você é divorciada?
Eu: - Não... sou casada.
Ela: - Então por que você usa a aliança na mão esquerda?
Eu: - (...) porque... sou casada.
Ela: - Na Rússia as pessoas que usam aliança na mão esquerda são divorciadas...
Eu: - (!!!) mas, se são divorciadas, por que usam aliança?!!
Ela: - Gostam de mostrar que estão disponíveis.

Advertência: Cuidado, mulherada! Caso seu marido tenha que fazer uma viagem à Rússia sozinho, lembre-se de passar a aliança dele pra mão direita!

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Pra finalizar, duas perguntas-pérolas que duas canadenses me fizeram:

1. O Brasil fica perto de Portugal?

2. No Brasil tem escada rolante?

Estou torcendo pra que essas perguntas engraçadas continuem! Eu também encho as meninas de perguntas, e pode ser que elas também estejam rindo de mim agora! (mas acho que não sou assim tão sem-noção!)

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Minhas aulas


Hoje completei minha terceira semana no College e já tenho mais do que primeiras impressões sobre o curso de ECE.

Nas duas primeiras semanas, tivemos uma grande introdução do que estudaremos nos próximos 12 meses. Adorei todas as aulas. Achei tudo muito interessante, e fiquei com a sensação de que todos que um dia pretendem ter filhos deveriam assistir essas aulas. Fiquei animada também de perceber que conseguia acompanhar as aulas, fazer anotações e até participar, fazendo perguntas. As duas professoras que se revezaram nessas semanas, com certeza por estarem acostumadas a lidar com crianças, são bastante calmas e falam devagar, o que foi ótimo pra mim! Ao final de cada aula tínhamos que escrever um texto abordando o tema do dia. Como eu adoro escrever, e me expresso muito melhor em inglês escrevendo do que falando, gostei bastante desses trabalhinhos, que na verdade nem tomavam muito o meu tempo. As aulas foram todas no basement da escola, onde funciona o refeitório. Ficamos em mesas com oito alunos cada, e já nos primeiros dias fiz algumas "amizades", já que sentávamos sempre nos mesmos lugares. Ao todo somos 62 alunos - apenas 3 homens. Não tenho o número oficial, mas me parece que metade dos alunos são imigrantes. Normal, em se tratando de Canadá.

Esta semana fomos divididos em duas turmas, e as aulas começaram pra valer. Terei duas matérias por dia, e elas não se repetirão durante a semana toda. Ou seja, a aula que tive segunda-feira só terei de novo na segunda que vem, o que é bom, pois terei mais tempo pra fazer os assignments (quase todas as matérias requerem um assignment por semana), mas ao mesmo tempo é ruim, pois são 3 horas de aula da mesma matéria de manhã e mais 3 horas de outra matéria à tarde, ou seja, muito tempo, e muita informação!

Já na segunda-feira de manhã comecei a ter dores de cabeça. A professora falou sem parar, mostrou milhares de slides de power point, frisando que o que ela falava não estava nos slides, e que o que estava nos slides não estava no livro, e que ela iria cobrar tudo na prova. Ou seja, temos que prestar atenção no que ela fala, fazer anotações pra não esquecer, copiar tópicos importantes dos slides... tudo ao mesmo tempo. E ainda ler o assunto no livro. Fiquei me sentindo uma criança da 3ª série assistindo a uma aula de faculdade! Meu cérebro não está condicionado pra ser tão espertinho assim em inglês ainda! Ou eu copio, ou eu escuto e processo a informação, ou eu faço anotações extras! Tudo ao mesmo tempo é impossível! Me bateu o desespero!

Mas o pior ainda estava por vir! Na aula de terça-feira (que é no refeitório, com as duas turmas ao mesmo tempo), quando minha amiguinha canadense me perguntou se estava tudo bem... eu comecei a chorar! (não conta pra ninguém!). Estava me sentindo péssima, achando que não ia conseguir mais acompanhar as aulas se todas fossem no mesmo ritmo da do dia anterior... Minha amiga se ofereceu para me emprestar as anotações dela se eu quisesse ficar só prestando atenção... e a aula começou. Logo no início a professora anunciou que em toda aula teremos que fazer uma apresentação individual lá na frente. Como somos muitos, ela vai escolher seis alunos por vez. Distribuiu o material a ser apresentado: um pequeno calhamaço de 109 páginas. E é óóóbvio que quando é pra ganhar dinheiro, viagem, carro, apartamento, ninguém lembra do meu nome. Mas pra fazer a primeira apresentação da vida de College... meu nominho foi o segundo a ser chamado. Nessa hora eu parei de raciocinar. Comecei a pensar num emprego, já que o College seria demais pra mim. Me senti a criatura mais precipitada do mundo, querendo fazer um curso desses com apenas 5 meses no Canadá e inglês nivel 6 de LINC.

Cheguei em casa péssima e chorei tudo de novo pro Pedro. Como eu sou uma manteigona derretida, e ele sabe disso, achei que ele fosse se irritar comigo, e falar algo do tipo: "deixa de frescura!" Mas não!! Ele foi super paciente, porque viu que eu estava realmente desesperada, e já passou por isso quando fez intercâmbio nos Estados Unidos, então ele sabe que está longe de ser frescura. Conversamos bastante e ele me animou a me concentrar nos estudos, nem que eu tenha que chegar em casa e estudar tudo de novo, nos livros.

Pra resumir a história e o post não ficar muito gigante (se é que ainda tem alguém lendo!), o resto da semana foi melhor. Coloquei na minha cabeça que vou dar o meu melhor, como sempre fiz, mas não vou me estressar mais. Todo início é difícil, e um ano passa rápido demais pra eu perder tempo me lamentando de uma ou duas aulas. Além disso, no decorrer desses 12 meses eu terei 3 estágios, de 6 semanas cada. Ou seja, serão algumas semanas de "tortura" em sala de aula, e algumas semanas colocando a mão na massa.

Na entrevista para ver se conseguiria a vaga no College, já havíamos sido avisados de que este curso é bastante intenso, com muita informação, e de que provavelmente nossa vida social ficaria mais restrita nesse período em função dos trabalhos. Já estou começando a sentir na pele essa pressão! Mas estou feliz! =)

domingo, 6 de setembro de 2009

Rock Band rocks!


Você já fez parte de uma banda? Nós, não! Mas de umas duas semanas pra cá estamos sentindo o gostinho, jogando Rock Band! Claro que a emoção nem se compara com ter uma banda de verdade (será?!), mas a diversão é garantida!

Hoje tivemos a visita de amigos e passamos boa parte do dia nos revezando entre microfone, baixo/guitarra e bateria. Teve gente que saiu daqui até com dor no corpo! Isso porque a cada música em que somos bem-sucedidos, novas músicas são "destravadas" e não dá vontade de parar de tocar! É preciso ter afinação, coordenação motora e rapidez de raciocínio, porque caso um dos integrantes toque errado, a música fica estranha, o público vaia, e a pessoa pode fazer a banda inteira afundar! É possível, também, tocar online, com alguém que esteja em outro lugar, e até fazer desafios entre bandas. Mas ainda não chegamos nesse nível.

Além das inúmeras músicas que vêm no jogo, existe também a possibilidade de comprar outras na loja virtual, e a variedade é imensa! Se não tomarmos cuidado, a gente (lê-se Pedro) se empolga e acaba gastando dinheiro!! Semana que vem será lançado o álbum dos Beatles, e é claaaro que vamos querer comprar!

Já estamos imaginando que este será um dos nossos passatempos preferidos naqueles dias de inverno em que é impossível sair de casa.

Tem alguém por aqui com PS3 a fim de nos desafiar?!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Começar de novo!


Quando decidimos vir pro Canadá, eu já sabia que teria de ter uma carreira diferente por aqui, já que tenho formação em Jornalismo, mas trabalhava com revisão de textos. Pois bem! Que eu teria que fazer algo diferente eu já sabia. Só não sabia o que fazer!
Chegamos em abril e eu fiquei por conta de estudar inglês. Sou super ansiosa, e queria falar direitinho o mais rápido possível. Agora já coloquei na minha cabeça que ser fluente leva tempo. O fato é que estou melhorando!
Nesses quase cinco meses só estudando inglês, eu nunca sosseguei. A vontade de trabalhar foi chegando, e eu andei mandando alguns currículos para recepcionista, data entry, auxiliar administrativo... até no site do Tim Hortons eu me cadastrei. Nenhuma resposta.
Fiz um workshop de "mudança de carreira" e comecei a pensar mais seriamente na possibilidade de começar, realmente do zero, uma nova profissão. Não tenho absolutamente nada contra survival job, principalmente para quem já sabe que, mais cedo ou mais tarde, vai voltar a trabalhar naquilo que sempre trabalhou e que gosta. O survival faz parte do começo, mas não acredito que eu ficaria realizada pessoalmente se tivesse que trabalhar em algo que não gostasse, para o resto da vida.
Pois bem... Pensamos, ponderamos, calculamos... e decidimos que valeria a pena investir em estudos. Encontrei um curso de um ano, que me foi fortemente recomendado por três canadenses e apliquei para a prova, que fiz, na semana passada, e fiquei arrasada. Achei super complexa. Participei, inclusive, de uma espécie de dinâmica de grupo. Voltei pra casa triste, pois tinha certeza que não havia passado. O pior é que não tinha pensado num "plano B".
Bom, mas essa angústia durou pouco! Dois dias depois da prova, eu recebi uma carta informando a minha aceitação no College! A partir da semana que vem começo um curso de ECE (Early Childhood Education) e em 12 meses terei um diploma canadense em mãos! Vou trabalhar com crianças entre 0 e 5 anos. Vai ser um ótimo treino para quando eu for mãe!!
Estou bem contente! Vai ser um desafio e tanto pra mim, já que esse curso é bastante puxado. Mas vou me dedicar ao máximo, pois sei que só tenho a ganhar com isso!
Esta escolha não foi em vão. Ainda no colegial, considerei fazer Magistério. Mais tarde, na hora de escolher a faculdade, estava em dúvida entre Jornalismo e Psicologia... e depois de formada (e frustrada!) cheguei a pensar em cursar Pedagogia. Acho que eu tinha mesmo é que vir pro Canadá pra entrar nessa área!

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Sistema público de saúde - a primeira decepção


Hoje precisei fazer uns exames num labaratório aqui em Toronto e tive minha primeira decepção com o sistema público de saúde.
O laboratório fica no mesmo prédio do consultório do meu médico de família, o que achei ótimo, porque é bem pertinho de casa e eu não precisaria andar muito logo cedo, em jejum. Ops... logo cedo?? Que nada! Não sei se são todos assim, mas esse laboratório começa a funcionar, ou melhor, abre às 8 horas.
Cheguei às 8h10 e tinha um cartaz sobre a mesa, escrito a mão, orientando os pacientes a pegarem uma senha e aguardarem. Foi o que fiz. Minha senha era número 6. Sentei e fiquei só observando. Logo vi um senhor de jaleco em uma sala ao fundo. Ele mexia em algumas ampolas. De repente entrou um rapaz pela sala de espera com um potinho cheio de urina. Entrou em uma outra sala e deixou o potinho lá. Em seguida, o senhor de jaleco buscou o pote, levou para a outra sala, abriu e despejou certa quantidade em outro recipiente. Etiquetou. Jogou o resto da urina fora. Tudo ali, com a porta aberta, com a platéia que quisesse acompanhar. (Acho que só eu, já que as outras pessoas ou liam, ou conversavam, ou resmungavam pela demora).
Finalizados os procedimentos do exame do rapaz da urina, o senhor de jaleco foi para a recepção e chamou a próxima senha: "number 2" - 8h30! Se fôssemos nesse ritmo, com um só funcionário, eu desmaiaria de fome a qualquer momento! Era só esse senhor para dar conta de tudo! Chamar os pacientes, verificar os exames requisitados, passar os dados para o computador, imprimir etiquetas... eis que uma moça "apareceu" para ajudá-lo! Não sei se eles revezam ou se é sempre assim, mas a partir do momento em que a moça chegou, o senhor ficou sendo responsável só pela triagem dos pacientes. Em seguida chegou mais uma moça e aí sim, a coisa começou a fluir. Mas eu fui ficando cada vez mais preocupada. Uma delas usava um jaleco impecavelmente encardido e uma luva cirúrgica em apenas uma das mãos. E era com essa mesma mão que ela fazia anotações, guardava potinhos, coçava a cabeça, e até atendeu ao telefone. Torci muito para não ser atendida por ela e não fui! Mas a que me atendeu não usava luva em nenhuma das mãos!!! Parei de pensar! Ela disse para eu me sentar na cabine número 1. Entrei na sala e dei de cara com um biombo de papelão, com o número 1 escrito a mão. Sentei. A moça me entregou um potinho para colher urina. E eu que achava que estava ali só para um exame (completíssimo, porque o médico ticou vários quadrinhos do formulário) de sangue. Ok... perguntei pra ela onde eu teria que ir, e ela disse: "atravesse a sala de espera, passe pelos dois elevadores e vire à direita". Lá fui eu. Colher urina num banheiro público. Voltei. Eu e meu xixi atravessando a sala de espera. Agora era eu a moça do xixi. Quando sentei novamente no biombo #1, dei de cara com 13 ampolas. Contei duas vezes, pra ter certeza. Perguntei pra moça sem luvas se aquilo tudo era pra mim e ela disse que sim. Fez um singelo furinho com uma agulha em meu braço, e tchuf, tchuf, tchuf... só enchendo e trocando as ampolinhas. Em nenhum momento olhou para minha cara pra saber se eu estava desmaiada. Lembro de ter feito exames de sangue várias vezes no Brasil, e as pessoas lá sempre perguntavam: "tá tudo bem?" - isso com 2... 3 ampolas. E aqui a mulher me tirou TREZE ampolas de sangue e nem quis papo! Quando acabou, ela disse que precisava checar meu coração. Pensei: "ah, legal! Ela está preocupada porque deve achar que estou fraca... vai medir minha pressão antes de me deixar ir embora". Pediu que eu a seguisse até outra sala, e que tirasse a blusa que ela já voltaria para completar o exame. Aí que me toquei que se tratava de um outro exame!! E eu que pensei que estava ali só para um exame de sangue completíssimo e um de urina num banheiro público! O médico não comentou que me pediria esse exame do coração. Ou será que comentou e eu não entendi?!! To mal hein!! Mas beleza, é sempre bom fazer um check-up!
Bom, saí do laboratório verde de fome, e não pude deixar de lembrar da "melhor parte" dos laboratórios no Brasil: o vale-lanchinho após os exames!! Tinham uns que davam até pão de queijo e suco de laranja! Em outros era posível escolher entre chá, café, suco, chocolate, tipo de sanduíche... Acordei, entrei no primeiro Tim Hortons que vi e mandei pra dentro uma bagle e um chocolate quente.

O objetivo principal deste post é saber das pessoas que moram no Canadá se todos os laboratórios que atendem pelo sistema público são assim. Não vou nem ficar descrevendo como são os laboratórios que eu costumava frequentar em SP! Acredito que todos saibam do que estou falando! Achei tudo muito desorganizado e fiquei pasma com a falta de estrutura e higiene. Tomara que este seja uma exceção. Se alguém puder me dar dicas de outros laboratórios em Toronto, eu agradeço. Infelizmente não sei o nome desse laboratório que fui... nem sei se tem nome. Como os exames são enviados direto para o médico, não ficamos com nenhum protocolo, onde poderia estar escrito algum nome.

Eu não quero luxo, mas acho que luvas (que devem ser trocadas a cada procedimento), touca e um banheiro dentro do laboratório, esterelizado, deveriam ser o mínimo! A parte do café da manhã eu dispenso! Paga-se caro demais no Brasil por isso, eu sei!!


terça-feira, 4 de agosto de 2009

A rotina


Chegamos há quase 4 meses em Toronto. Engraçado, mas às vezes parece que isso é pouco, e às vezes parece que já é um tempão. No início é aquela correria sem fim, várias coisas pra resolver, tudo novidade, pessoas pra encontrar, pra reencontrar, pra conhecer! Agora, já com "alguma experiência" de Canadá, as coisas vão entrando nos eixos e vamos criando nossa rotina.

Eu pensei que essa minha nova vida fosse ser mais difícil. Estou me surpreendendo comigo, já que nunca tinha morado fora do Brasil. Aliás, isso nunca tinha passado pela minha cabeça. Claro que no início todos têm os altos e baixos, mas eu procuro manter minha cabeça sempre ocupada para evitar que os baixos sejam mais frequentes que os altos! Já estou na minha segunda escola de inglês (a primeira está de férias... 1 mês e meio!! Fugi de lá!). Comecei no nível 4, logo passei pro 5 e agora estou no 6. Os sete anos de curso de inglês no Brasil estão voltando rapidamente (e claro, com muito mais qualidade) aqui. Além das aulas diárias, já participei de um workshop e hoje mesmo fui fazer minha aplicação para um College. Vou passar por uma entrevista e um teste de inglês nas próximas semanas, e se for aceita começo a estudar no final de agosto. Tirando a parte de cursos e afins... nós já achamos nosso médico de família e eu já precisei dele. Nada a reclamar, pelo menos por enquanto. Já encontrei também uma cabeleireira por aqui! É brasileira e foi aprovada no quesito "retoque das luzes"! Ueba!! =)

O Pedro está trabalhando há pouco mais de um mês, e desde então começamos a montar o nosso ap. Já estávamos cansados de dormir em colchão inflável e assistir TV sentados em almofadas. Mas decidimos que faríamos esse sacrifício no início e valeu a pena. Nossa sala está bem simpática! Colocamos uma mesa junto à janela (que mais parece uma sacada) e temos o privilégio de fazer as refeições olhando para a CN Tower!

Pra relaxar depois do trabalho, o Pedro agora faz parte de dois times de futebol, com jogos toda semana. Quinta-feira passada até eu fui num desses jogos, pra assistir. (Isso porque na terça ele chegou tarde em casa e eu fiquei beeeem brava! Aí ele resolveu me levar junto! hehe)

Nossos fins de semana têm sido muito gostosos. Compramos bikes, e quando não estamos com amigos queridos, estamos pedalando por aí. Gostamos muito dos parques da Old Mill pra pedalar. Ontem, como foi feriado e o dia estava lindo, fomos pedalando até o High Park. A foto do post foi tirada lá, enquanto eu descansava, lendo, na sombra! Aliás, eu estava lendo o livro "Bye bye Brasil", que conta a história de uma família baiana que se mudou para o Canadá em 2001. Estou gostando da leitura. Foi o primeiro livro em português que peguei pra ler desde que cheguei aqui. Tenho preferido ler mais em inglês, pra fazer lavagem cerebral!! Estou lendo também um romance da Nora Roberts. Adoro livros água com açúcar! Tudo é válido pra treinar o idioma!

Resumindo... todo aquele stress causado pela expectativa do visto, e depois pelas providências a serem tomadas aqui quando chegamos, passou. Agora é vida real. Moramos no Canadá. Nossos planos se concretizaram, e agora é aproveitar e viver da melhor maneira possível.

Este post está parecendo mais um "querido diário", mas na verdade eu quis fazer um balanço desses nossos quatro meses aqui... e posso dizer que o saldo está sendo positivo!

terça-feira, 28 de julho de 2009

Let's all hate Toronto



Esses dias estavamos vendo a lista de filmes disponiveis no PPV da Rogers e me interessei por este documentario chamado LET'S ALL HATE TORONTO, em que um sujeito resolve percorrer o Canada tentando entender a razao pela qual os canadenses (que nao sao de Toronto) odeiam a cidade.
O filme (custa so 2.99) nao e la grande coisa, mas nao deixa de ser um aprendizado sobre esta rivalidade de Toronto com o resto do pais.
A charge publicada no jornal Metro de hoje, sobre o fim da greve dos coletores de lixo em Toronto, exemplifica bem a tematica do filme.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Bodas de Algodão - Parte 1


Hoje comemoramos nosso segundo aniversário de casamento (civil). A parte boa de termos nos casado em dias (e anos) diferentes - civil e religioso - é que sempre é tempo de comemorar! Em setembro faremos Bodas de Papel do casamento religioso! E já que é pra comemorar todas as datas importantes, o dia 11 de abril não pode ficar de fora. Afinal, a gente casou em 2007... casou em 2008, mas foi só em abril de 2009, quando chegamos no Canadá, que começamos a morar juntos e a viver, realmente, o casamento. Nossa vida tá parecendo o processo de emigração pro Canadá! Tem até timeline! :) Pensando bem, o processo é bem mais rápido! No ano que vem faremos Bodas de Zinco (10 anos) de namoro!! Já imaginou ter que esperar tudo isso pra mudar pro Canadá?!

Não vou mandar recadinho pro husband aqui... Já fiz isso num cartão que só ele leu! Mas recebemos uma mensagem linda da minha mãe, e resolvi deixar aqui de recordação. Tentei colar do jeitinho que ela mandou (com uma foto nossa do dia do casamento de fundo), mas não consegui. Então segue só o texto mesmo:

Daniela e Pedro,

Que a vida de vocês seja repleta de pequenos momentos de felicidade como estes que vocês estão vivendo agora. Que cada pequena alegria seja um degrau para a felicidade plena, para um amor maior, baseado na compreensão, no respeito mútuo e principalmente na doação. Que a vida lhes seja generosa e lhes sorria sempre, como está sorrindo hoje, quando vocês celebram dois anos de união. Que cada aniversário de casamento seja mais feliz que o anterior e que cada dia lhes traga motivos para quererem estar sempre juntos na construção de suas vidas. E que um dia, velhinhos, possam olhar para trás e ver que

VALEU A PENA!!!

Beijos com saudade (saibam que, mesmo tão distante, estou sempre com vocês)

Mamãe
21 de julho de 2009

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Uva com ovo? Eh!!

Hoje foi o último dia do workshop Career Planning que eu fiz no Times Change. No começo estava superempolgada, depois fiquei bem desanimada, mas do meio do workshop pro final as coisas foram melhorando, e agora que acabou... sabe que me deu uma sensação de "vazio"?!

Na verdade o curso foi bom pra mim em uma série de outros aspectos diferentes da proposta dele em si, além de ter me dado uma certa "luz"*. O objetivo é fazer a pessoa refletir sobre que carreira seguir. É destinado a pessoas que não têm a mínima noção de com o que trabalhar.

No meu caso serviu para praticar o inglês, já que além de mim, de uma russa e de uma nigeriana, todas as outras participantes eram canadenses. Serviu para networking, já que por intermédio de uma das participantes eu tive um encontro com uma pessoa e pode ser que logo mais eu faça um voluntariado. Serviu para eu ver como um órgão público no Canadá é extremamente organizado e bem assessorado, com muito material (como eles goooostam de papel por aqui! E de todas as cores!), muitos recursos de pesquisa, uma biblioteca bem completa, tudo à disposição de quem quiser usar. E serviu também para eu ver como nós, brasileiros, somos diferentes dos canadenses...

Explico: hoje, como foi o último dia, cada uma levou alguma coisinha para comer. E levaram certas coisas que no Brasil ninguém jamais pensaria em levar, como ovo cozido e uva! Tinha também pizza (fria) de espinafre com alho, salada, biscoitinho da fortuna, além de coisas triviais, como biscoitinhos salgados com patê, batata frita, cookies, muffins e os meus deliciosos brigadeiros, que diga-se de passagem fizeram muito sucesso! Ninguém levou refrigerante. E ninguém (além de mim) parece ter sentido falta. Mas não foi só a parte das comidinhas que me intrigou... Como hoje foi o último dia eu levei minha câmera pra tirar fotos, e tinha certeza absoluta que mais gente também levaria. E que as que não levaram iriam pedir para as que levaram, mandarem as fotos depois por e-mail, lamentando-se por terem esquecido de levar... Engano meu!!!!!!! A "festinha" foi tão xôxa... cada uma no seu cantinho comendo quietinha, que a minha câmera também ficou bem quietinha dentro da minha bolsa! Fiquei com medo da reação delas e nem cogitei fotografar nada! E na hora de falar tchau, quase todas abanaram as mãos de longe, como se só fossem até a esquina e estivessem de volta em menos de 5 minutos. Uma delas estendeu a mão para a professora, que, expontaneamente, puxou a moça para um abraço caloroso. Eu não tive dúvida! Já cheguei abraçando a professora também, pra agradecer. Afinal, foram cinco semanas de convívio.

Trocamos e-mails e telefones e a idéia é continuar a nos encontrar, sem vínculo com o Times Change, duas vezes por mês. Não sei se esses encontros realmente vão acontecer, mas se acontecerem eu estou dentro! É sempre bom conversar e trocar experiências! Mesmo que seja sem abraços e beijinhos, nem fotos... e com ovo cozido... (até que estava gostoso!)

* A parte da "luz" fica para um próximo post! =)

sábado, 4 de julho de 2009

Parabéns, Rodolpho!!

Hoje é aniversário do Rodolpho, meu "irmão" cachorro que está na nossa família desde que nasceu, há 11 anos.
Apesar de ser bem inteligente, não sabe ler. Mesmo assim eu gostaria de deixar registrado aqui um recadinho pra ele.


Rodolpho bebê. Como pode alguém ter medo de uma coisa fofa dessas?!


Rodolpho, quando você chegou lá em casa eu quis matar o Bruno por ter te ganhado! Eu sempre tive muuuito medo de cachorro. Nunca fui fã dessas criaturas, e quando eu tinha 8 anos um doberman correu atrás de mim. Isso só fez aguçar o meu pavor. Quando eu ia na casa de alguma amiga, a primeira coisa que perguntava era se ela tinha cachorro... era um pesadelo a cada visita em uma casa desconhecida. E eu não entendia como tinha gente que adorava, brincava, afagava! Pra mim eram todos uns monstrinhos!
Pois bem... mas eis que um belo dia na minha casa tinha um cachorro. Era pequenininho, mal conseguia andar, não latia. Até que era bem bonitinho! Todos esses fatores colaboraram para a minha aproximação com você. Aos poucos fui criando coragem e me aproximando de você. Você me mostrou que era "gente boa" e não demorou muito para nos tornarmos grandes amigos.
Por ironia do destino eu sou a pessoa que mais te paparica!
Quando o Pedro chegou na nossa família, dois anos depois de você, foi amor à primeira vista (de um com o outro!). Engraçado como você nunca o estranhou, desde o primeiro dia! Você não podia ver ninguém "estranho" que não parava de latir! Menos com o Pedro. Você até dividia a cama com ele quando ele dormia lá em casa!! E ai de quem tentasse tirar você de lá!
Na verdade acho que a mamãe tinha algum acordo com você, porque você nunca nos deixava namorar em paz! Não podia nos ver juntinhos no sofá que já dava um jeito de se "encaixar" entre a gente!!!
Rodolpho, muito obrigada por você existir! Obrigada por ter aberto meus olhos e mostrado como um cãozinho pode ser amigo e companheiro. Hoje em dia eu brinco até mesmo com cachorro de rua! Hoje entendo o significado do dito "o cachorro é o melhor amigo do homem". É isso mesmo! Você é fiel, leal, carinhoso, não guarda rancor, está sempre disposto a brincar! Entende quando estamos tristes, fica feliz quando estamos felizes!
Você não sabe a falta que me faz por aqui... Claro que na hora das refeições é uma maravilha você estar longe! Como você é guloso e inconveniente!! Fica puxando nosso braço e não sossega enquanto não ganha alguma coisa do nosso prato.
Hoje você está ficando mais velhinho... Já está com o pêlo praticamente todo branquinho, mas continua a mesma criança serelepe de sempre! No fundo achamos que você é meio doidinho... Mas se não fosse assim, não seria você!
Já não temos contato diário há uns 4 anos, quando você se mudou pra Uberaba com o pessoal, mas adoro quando vou passear na sua casa e você me recebe fazendo o maior escândalo e pulando nas minhas pernas. E quando você cisma em "me levar" pra passear?! Tem que ser naquela hora!! Você não sabe esperar!

Nossos encontros agora vão ficar (bem) mais espaçados :-( mas tenho certeza que sempre que nos encontrarmos a alegria vai ser a mesma!
Espero, sinceramente, ainda poder brincar muuuito com você!!

FELIZ ANIVERSÁRIO E MUITOS ANOS DE VIDA!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Primeira semana de trabalho

Algumas semanas atras eu estava entediado, cansado de mandar curriculos, sem ter muito sucesso.

Sai pra devolver um filme na biblioteca e notei que havia uma barbearia chamada Mario's Barbershop do lado oposto da calçada. Resolvi passar la pra cortar o cabelo. Conversei bastante com o barbeiro, um sr. italino chamado Rino e com um russo chamado Vladimir, que e dono do salao. Todos imigrantes com decadas de Canada.

Ficamos conversando enquanto o sr. Rino cortava meu cabelo. Comentei que haviamos mudado recentemente pra ca e que estava procurando trabalho na minha area.

No final das contas o sr. Rino falou: "Fique tranquilo. Da proxima vez que voce voltar aqui, ja vai estar empregado". Eu disse que ele era otimista demais, considerando a recessao atual.
Sai mais animado da barbearia e feliz por ter achado um lugar muito bom pra cortar o cabelo.

Na semana seguinte comecei a ir ao NOW, um programa de 3 semanas voltado pra imigrantes em busca de colocaçao de trabalho.
Ainda na primeira semana de curso recebi uma ligaçao de uma empresa pra qual havia enviado curriculo no dia anterior. Comentei com a professora que estaria ausente no dia seguinte devido a entrevista, e ela ficou muito contente, dividindo esta noticia com a turma. A Heather, minha job developer, deu algumas dicas pra mim na vespera da entrevista.

Pra resumir a conversa, fui la fazer a entrevista na sexta e ao final o dono me convidou pra começar a trabalhar ja na segunda. Sai de la e fui direto pro NOW, pois queria contar as boas novas pra todos. Dar um abraço nessas pessoas sensacionais, que tambem estao batalhando por um lugar ao sol, foi uma das coisas mais gratificantes desde que cheguei aqui.

Divido esta vitoria com todos os amigos do Skills for Change e do NOW, com as professoras Suraiya e Noreen, e as job developers Maya e Heather.

A conquista do primeiro emprego, na minha opiniao, e o desafio mais dificil que um imigrante pode enfrentar, e ter conseguido isso em pouco mais de 2 meses de Canada nos da tranquilidade pra dar passos ainda maiores por aqui.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Para quem acha(va) que no Canadá...

... 1) os trabalhadores estão sempre felizes e satisfeitos...


(clique na foto para ampliá-la)

Tirei esta foto hoje, perto de casa, na volta da escola. Em algumas partes da cidade as lixeiras estão transbordando por causa da greve de trabalhadores públicos (entre eles, os lixeiros), como a Jeanne mostrou no blog dela. Por aqui, por enquanto só uma garrafinha teimosa do lado de fora.
Isso é preocupante! Mesmo sem greve, os metrôs de Toronto estão sempre sujos!! Imagina agora com as lixeiras lacradas? Aí é que o povo vai achar que está fazendo a coisa certa ao largar garrafas, embalagens etc. nos vagões...

... 2) não faz calor...


(clique na foto para ampliá-la)

Esta foto também foi tirada hoje por volta de 3h30. Mas de manhã já estava bem quente! Será impressão minha ou o sol aqui é mais forte que em São Paulo?! Ok, não sou fã de geografia, mas deve ter uma explicação lógica. Há quem diga que prefere o frio daqui ao calor, porque mal se consegue respirar nos dias muito quentes. Eu ainda não posso dizer nada sobre isso, porque estou há apenas 2 meses no Canadá e nunca sequer vi (qto mais senti as consequências da) neve na minha vida! Por enquanto só o que sei é que estou achando o máximo ter o dia claro até 9 da noite!
Pra falar a verdade eu fiquei surpresa quando comecei a pesquisar sobre o Canadá (Toronto) e soube que aqui fazia essa calorão. E sei que muita gente no Brasil ainda não acredita que isso seja verdade. Uma vez me disseram, em SP: "Sim, no Canadá o verão é quente sim!! No ano passado o calor caiu numa segunda-feira!" (very funny...)


quarta-feira, 17 de junho de 2009

Garota Enxaqueca


Vocês se lembram do Garoto Enxaqueca? Eu estou me sentindo uma garota enxaqueca esses dias... parece que tudo o que eu tenho tentado fazer não tem dado e certo e eu só faço reclamar!

O tal workshop que eu estava super empolgada pra fazer não chega nem aos pés do que eu imaginei. Toda segunda e quinta eu me sinto numa reunião dessas de auto-ajuda, AA, MADA, seja lá o que for. Pior que parece que só eu que não estou no clima! A mulherada tá curtindo! Na aula passada até relaxamento tivemos que fazer... "Fechem os olhos... pensem num dia de sonho!! Um dia ideal de trabalho! Você acorda... como é o seu quarto?!! O que você toma de café da manhã?! Como vai para o trabalho? Imagine sua sala... ou você trabalha ao ar livre?!" e por aí vai, até o fim do expediente! No 5º segundo eu já estava de olhos abertos e pude notar sorrizinhos nos rostos das outras participantes, que sonhavam acordadas, de olhos fechados.

Semana passada vi um anúncio num salão de cabeleireiro aqui perto. Estavam precisando de recepcionista. Achei que pudesse ser uma ótima oportunidade de praticar o inglês e ganhar uma graninha. Pouca, eu sei, mas melhor do que nada. Entrei no salão pra me oferecer pra vaga. A dona (acho que é a dona) perguntou se eu tinha experiência em recepção de salão, e eu disse que em recepção sim (já trabalhei numa concessionária, na parte administrativa, e substituía a telefonista na hora do almoço dela. Mas a dona do salão não precisa saber desses detalhes), mas não de salão. Ela pediu pra eu mandar um résumé. Fiz meu résumé com a ajuda do Pedro e seus conhecimentos de currículo canadense. Adorei, ficou lindo, super atrativo! Mandei pra mulher. Ela me respondeu no dia seguinte dizendo que era preciso ter experiência de 2 anos em recepção de spa-salon. E eu que pensava que a função de uma recepcionista de salão era só ouvir madame fofocando e marcar unha e cabelo...

Minha professora do LINC é ótima, dá umas atividades interessantes, não tenho o que reclamar do trabalho dela. Mas quando a mulher começa a falar do Canadá, sai de baixo! Outro dia ela ficou mais de 20 minutos falando que o Canadá é um país que não tem justiça, que os assassinos daqui não ficam nem 5 dias na prisão, que a violência por aqui é muito grande e blá blá blá... juro que por alguns instantes eu achei que estava no Brasil. By the way... ela é polonesa. E vai passar as férias na Polônia. Deve estar com saudades de casa, por isso resolveu descer a lenha no país que a acolheu há 18 anos.

E por falar em férias, mais uma reclamação (a última do post): vamos ter seis semanas de férias na minha escola! Achei isso péssimo! Acabei de chegar, não tenho tempo a perder! Preciso estudar, praticar!! Estava pensando em procurar algum outro curso, mas fiquei sabendo que numa outra escola aqui perto as férias serão só de duas semanas. Vou tentar minha transferência. Assim quem sabe eu paro de falar em português?! Sim, porque onde estudo têm 7 brasileiros (só na minha sala somos 4!). Eu fiz amizade com todos eles, são todos ótimos, mas quem disse que eu consigo falar em inglês com brasileiro?!! Só durante a aula e quando tem algum estrangeiro por perto. Caso contrário não sai!!! A Raquel até tenta, mas a minha teimosia venceu a insistência dela e hoje a gente conversa de uma forma... engraçada. Ela em inglês e eu em português. Não adianta!

Sorry... não queria fazer um post azedo assim, mas... nem só de dias cor-de-rosa vive um imigrante!


segunda-feira, 8 de junho de 2009

Miragem??!


Geeeente, cheguei da aula hoje e o Pedro veio me dizendo que queria comer um lanche gostoso... pediu pra eu fazer alguma coisa diferente. Nem tive tempo de pensar e ele abriu o armário e eu vi uma caixa de pão de queijo Yoki!!! Meus olhos brilharam! Acho que fiquei mais feliz do que quando chegaram nossos vistos!!
Já amassei, já assei e já comemos!! Era de pozinho, mas tá valendo! Deu pra matar um pouquinho da vontade! Nunca tinha feito pão de queijo de pozinho antes, mas acho que de agora em diante isso será uma constante!

Estão servidos?!

Querida amiga que visitaremos sábado, não precisa (aliás, nem invente de) mudar o cardápio! Pão de queijo, pra mim, é igual coração de mãe - sempre cabe(m) mais um(ns)!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Who am I? What can I do? Logo saberei!


E lá fui eu hoje cedo no Times Change tentar minha vaguinha no Career Planning. O escritório só abre às 9 horas, mas como na sexta passada fomos avisadas pra chegar cedo em virtude das vagas limitadas (13) eu já fui dormir ontem sabendo que hoje teria que madrugar.

Mas não exagerei muito não... saí de casa às 7h35 e 8h10 já estava dentro do prédio. Quando cheguei na porta do escritório já tinham 5 pessoas sentadinhas lado a lado no chão, perto da porta. Me juntei a elas e pouco a pouco foi chegando mais gente. 8h55 éramos 13 e a moça que será nossa professora fez a "contagem oficial", informando que estávamos todas dentro! De repente apareceram três retardatárias, e depois de alguns segundos de silêncio fomos informadas que o grupo poderia ter no máximo 15, mas que como tinham 16 pessoas lá, tudo bem!

Tivemos que pagar uma taxa de 20 dólares pela apostila (muito bem feita, por sinal. Gostei bastante do material) e já temos homework para o primeiro dia de aula. Já vi que vou ter que queimar alguns neurônios!!

Estou animada, e espero que esse curso seja realmente bom. E mesmo que eu saia de lá com a mesma dúvida que tenho hoje - "em que posso ser útil?" - com certeza vou tirar algum proveito dessas 10 aulinhas. Só de estar cercada de canadenses (sou a única estrangeira!) já será uma vantagem pra mim. Porque cá entre nós, ficar falando em inglês com um bando de estrangeiros na escola, cada um com seu sotaque e todos cometendo muitos erros, não é lá muito vantajoso.