sábado, 21 de agosto de 2010

Susto!!


Ontem à noite levamos um susto grande por aqui! Estávamos voltando da piscina pública de bike, quando, a menos de dois quarteirões do nosso prédio, um carro bateu na minha bike e eu beijei o asfalto!

Não vi nada! Quando dei por mim, já estava no chão, esborrachada, e com a boca sangrando. Levantei rápido, porque a minha preocupação (além de saber se ainda tinha dentes) era sair do meio da rua, e como estava bem zonza, sentei na calçada e lá fiquei, com cara de tacho. O Pedro, que estava um pouco na frente, voltou correndo pra me socorrer, e a motorista e a carona - aparentemente mãe da moça - demoraram um pouquinho pra sair do carro e irem falar com a gente. Graaaças a Deus não vinha nenhum carro ou ônibus atrás de mim!

Não sei como essa moça atingiu a minha bike! Eu sempre ando bem no cantinho, e mesmo assim os carros passam super afastados, ou mesmo na faixa da esquerda. Ela saiu do carro pedindo desculpas e dizendo que não tinha me visto. No mínimo estava falando ao celular, bem distraída. Ofereceram ajuda pra me levar pro hospital, ou pra me dar água, ou carona pra casa... mas eu ouvia tudo, e não falava nada. Acho que estava meio em choque. Eu só falava que estava com muita dor no nariz. Como o Pedro as ouviu conversando em espanhol, deu uma bronca na língua delas: "Cómo no la viste?!" Aí pronto... a mãe da moça disparou a falar em espanhol comigo, dizendo que estava tudo bem e que eu era "muy guapa" =/ (bate e assopra! heheh)

Quando percebi que meus dentes estavam todos em seus devidos lugares, dispensei a ajuda das Dominicanas e voltamos andando pra casa.

Engraçado que ontem foi a primeira vez que eu saí de bike sem capacete, e vestindo calça jeans. Sorte que não bati a cabeça! Quanto ao jeans, a calça ficou intacta, e mesmo assim meu joelho está esfolado, ou seja, ainda bem que não estava de short!

Saldo da brincadeira: o lábio inferior cortado, o nariz ligeiramente inchadinho de um lado e bem dolorido, os dois cotovelos ralados e a perna esquerda com vários pontos de hematomas e esfolado, além de muita dor no corpo todo. Ah, claro, e um susto muito grande que atrapalhou minha noite de sono e que me faz não ter mais vontade de andar de bicicleta. Pelo menos não na rua. A bike aparentemente não estragou.

O mais irônico de tudo é que o Pedro geralmente pedala pela calçada, e vive insistindo pra eu não andar na rua... preciso ouvir mais meu marido!

Fica aí o aviso aos ciclistas! Evitem andar em rodovias sem ciclovia! Ou torçam pra não topar com um motorista desatento!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O fim (...) e o começo (!!!)

Esta sou eu hoje: triste e feliz ao mesmo tempo!

(...) Hoje foi meu último dia no College... Ou melhor, hoje tivemos que ir ao College levar nosso pacote do último estágio, e é isso! Acabou! Eu sonhei tanto com este dia, mas no fundo hoje me deu uma certa tristeza ao sair de lá. Depois que todos os recados foram dados, as pessoas parece que não queriam ir embora! Foi engraçado... tanto as professoras quanto os alunos! Ninguém teve pressa pra sair, como sempre acontecia nos dias de aulas. Fomos ficando... ficando... conversa vai, conversa vem... e quando eu vi que ia chorar, resolvi que era hora de tomar o rumo de casa! Não sem antes ouvir de um colega: "Daniela, acabaou!! Não temos mais provas, trabalhos, estresse... o que são essas lágrimas nos seus olhos?" Pois é... quem me conhece sabe que sou chorona! E não foram raras as vezes que a emoção falou mais alto (em forma de lágrimas) neste último ano por lá! A começar pela segunda semana de aula, quando soube que teria que fazer uma apresentação na frente de 60 alunos! Sim! Com quatro meses de Canada! Mas foi bom, porque dali em diante as apresentações não me assustavam mais. E foram muuitas!
Vou sentir falta do College! Não dos trabalhos e da pressão, mas da rotina, dos amigos que fiz, e até das pessoas mais maletas que faziam as aulas ficarem mais cômicas! O College foi um dos primeiros lugares que eu frequentei por aqui, então com certeza vai ficar na memória pra sempre! Eu aprendi muito mais do que uma nova profissão por lá! Aprendi novas culturas, aperfeiçoei muito o meu inglês, aprendi a entender e respeitar as diferenças... enfim! Marcou legal no coração!! (ai ai ai... minha vista está ficando embaçada... vou parar por aqui!). Sei que muitos dos colegas só verei de novo em outubro, na nossa formatura, mas com algumas meninas quero manter contato!

Bom... agora é pensar no novo começo!

(!!!) Sim! Já tenho um emprego! Participei de algumas entrevistas nos últimos dois meses, e semana passada fui convidada para trabalhar num day care não muito longe aqui de casa. É um lugar pequeno, e eu serei a única "supply teacher" de lá. Uma espécie de coringa. Sempre que alguma das professoras faltar, eu irei substituir. Isso é muito comum por aqui. Só no day care onde estou fazendo estágio (sim, teoricamente acabou, mas ainda tenho que repor uma semana!) eles têm 8 supply teachers, e vejo que elas são chamadas com bastante frequência. Isso vai ser ótimo para mim, principalmente porque poderei pegar experiência em todos os grupos de idade, enquanto continuo aplicando para emprego full time, desta vez com uma "coisinha a mais" no currículo.

Como o Pedro disse no post anterior, chegou a hora da colheita! Hoje olho pra trás e vejo que todo nosso esforço valeu a pena! Estamos apenas começando nossa nova vida por aqui! E graças a Deus, com sucesso! =)

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Hora da Colheita

Nesse ultimo feriado de segunda-feira a Daniela me perguntou quando eu falaria com a minha gerente sobre o vencimento do meu estagio, que acaba em meados de outubro.
Eu respondi que se nao tivesse novidades ate o fim de setembro, procuraria me informar a respeito. Aquela historia de que os opostos se atraem, pelo menos no que se refere a ansiedade e curiosidade, eh verdadeira entre nos.

No dia seguinte, ja no trabalho, a secretaria me pediu pra passar na sala da minha diretora. Como o filho dela de 5 anos estava "trabalhando" por aqui nesse dia, achei que ela tivesse me chamado pra eu ver o menino, ou algo assim.

Na verdade, ela e minha gerente, que tambem estava na sala, queriam eh responder a duvida da Daniela: quando terminar minha bolsa com o Career Bridge, vou passar a ter um contrato, desta vez diretamente com a OLG, por mais um ano.

Na minha opiniao, receber uma noticia boa assim, eh sempre melhor do jeito que foi, pegando a gente de surpresa.

Eh claro que nao eh ainda aquilo que eu realmente almejo, um vinculo sem data de validade, mas tudo tem seu tempo. E eu vou poder continuar aplicando pras vagas efetivas que aparecerem durante esse periodo.

Apesar da bolsa do Career Bridge ter um valor bem menor do que a media salarial do mercado, o "sacrificio" vale a pena, pois o programa proporciona aos recem-chegados a chance de ter a tal experiencia de trabalho canadense, alem de tambem abrir as portas de excelentes empresas, inclusive no governo.
Alias, o Ontario Public Service fechou uma nova parceria com o Career Bridge, proporcionando oportunidades de estagio aos recem-chegados (ate 3 anos de chegada no Canada e sem experiencia de trabalho em sua area no pais).
Vale lembrar que trabalhar pro governo por aqui eh tao disputado quanto no Brasil, a diferenca eh que nao tem concurso.

Agora resta torcer pra Dani ter sucesso nas entrevistas que anda fazendo. Depois de um primeiro ano de sacrificios e investimentos, parece que vamos comecar a colher os frutos e traçar novos planos por aqui.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O problema vai além do chiclete!


Ok... a ideia de pedir para os usuários do TTC jogarem seus chicletinhos no lixo é válida, já que existe muita gente sem noção que gruda a goma debaixo dos bancos, nas paredes, ou mesmo joga no chão (e a gente pisa e sai grudando!).
Eles disponibilizaram esse bloquinho em todos os vagões, e basta a pessoa destacar uma folha e embrulhar o chiclete mascado pra depois achar um lixo e jogar fora.
Mas e os jornais, as garrafas de refrigerante, os copinhos de café, as frutas, os sanduíches mordidos... tudo jogado no chão?! Será que com isso ninguém se incomoda?
Na minha opinião essa campanha deveria ser estendida a TODO tipo de lixo, porque infelizmente tem muita gente sem educação nos trens (e ônibus) de Toronto.
E não vamos botar a culpa nos imigrantes, de culturas, lugares e hábitos diferentes! Já presenciei uma colega canadense deixando uma garrafa vazia de água no chão do metrô quando chegou na estação em que tinha que descer. Assim como já presenciei muitos brasileiros no Brasil jogando coisas pra fora da janela do carro, sem a menor vergonha. Isso é questão de educação... nesse caso, de falta de educação!

Isso me faz lembrar uma campanha que fizemos na minha escola quando eu estava na 1ª série: "Jogue o lixo no lixo!" Todos fizeram cartazes e saíram pelos pátios da escola gritando e cantando.
Eu aprendi. Aliás, aprendi mesmo antes dessa campanha... aprendi em casa! Pena que nem todos tiveram a mesma oportunidade.
Será que ainda dá tempo??