sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Blog: Melhor que novela!


Desde que começamos nossas pesquisas sobre o Canadá, sem dúvida os blogs foram as fontes mais interessantes e que nos deixaram mais entusiasmados com a mudança! Sim, porque uma coisa é você entrar em sites como a Wikipédia e ler a história e características de um lugar de um jeito cru, simples, claro e objetivo, sem grandes emoções. Outra coisa é poder acompanhar o dia-a-dia de alguém que, assim como nós, resolveu participar do processo de migração e hoje já vive nas terras no Norte!

No início, esta listinha de blogs aqui do lado era pequena... começou com uns cinco ou seis que conhecemos por acaso e passamos a acompanhar. Hoje a lista cresceu! A cada post publicado aparecem novas pessoas nos acompanhando, e passamos a acompanhá-las também! E a corrente vai crescendo! (Adoro esse negócio de acompanhar histórias! Leio bastante e também sou noveleira de plantão! Ainda bem que existe o Youtube, assim, mesmo morando lá longe não deixarei de assistir os Manuéis Carlos, Walcyres Carrascos, Glórias Peres e afins!)

É muito gostoso seguir os passos das pessoas e ver cada desafio sendo superado, cada obstáculo sendo vencido! Assim como nas novelas, nós acabamos conhecendo um pouquinho da vida de cada blogueiro e torcemos juntos, a cada capítulo narrado!
Nesses sete meses de vida do nosso blog nós já podemos afirmar que estamos construindo algumas amizades, ainda que (por enquanto) virtuais. É confortante saber que tem muita gente no mesmo barco e que, a cada passo percorrido, vibra com a gente! Aqui ninguém é concorrente; todos almejam o mesmo fim – ou melhor, um novo começo – e nada melhor do que andarmos de mãos dadas!

Infelizmente não são todos que pensam dessa maneira... Muita gente que já está lá, talvez por “falta de tempo”, não se importa com os que estão aqui... como se um recado que deixamos em seus blogs representasse não uma torcida, ou algo positivo e despretensioso, mas sim um jeito interesseiro de se aproximar... Well... anyway...

Deixamos aqui nossos agradecimentos aos que já estão no Canadá, visitam nosso blog, e sempre têm uma palavra de carinho, uma dica preciosa, um desejo de boa sorte para nós! Agradecemos também aos que ainda estão no Brasil e que passam pelas mesmas expectativas e dividem as experiências conosco! A caminhada é longa, mas nós chegaremos lá!

E aos futuros imigrantes, nossa promessa de ajudar no que estiver ao nosso alcance! A intenção é deixar este blog cada vez mais ativo e não teremos problema algum em responder perguntas e dúvidas! Se escolhemos fazer deste blog um informativo aberto sobre nossa nova vida no Canadá, nada mais natural que sermos solidários aos que participam dos mesmos interesses!

Sejam todos sempre muito bem-vindos!

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Onde morar?!


Agora que já entregamos os documentos, estamos mais livres para pensar no nosso futuro no Canadá.

Toda mudança é complicada. Eu mesma já me mudei seis vezes e sei bem que uma simples troca de apartamento – na mesma cidade – requer muita atenção e certos cuidados. Imagine então uma mudança de país!! Pior: um país onde nunca estivemos! Tá certo que estamos saindo no lucro, já que a mudança é do Brasil para o Canadá, e nem preciso citar aqui os fatores que nos levaram a optar por isso, mas mesmo assim precisamos ficar atentos a todos os detalhes. E o primeiro “detalhe” é: onde vamos morar?
A princípio, quando ainda não havíamos explorado muito virtualmente o novo país, a primeira cidade que nos vinha à cabeça era Toronto. Adoramos a cidade, seus parques, a qualidade de vida, transporte, sem contar a beleza. Eu fiquei surpresa com a quantidade de brasileiros que vive lá! Já li em mais de um lugar que pra quem vai estudar e quer aprender inglês, não é o melhor lugar, já que a maioria dos brasileiros escolhe Toronto e corre-se o risco de ficar falando só em português fora das aulas. Bom, mas esse não será o nosso caso! Ter brasileiros por perto, na verdade, para nós seria até uma vantagem! Calor humano, troca de experiências...
Tivemos também muita “propaganda” positiva de Mississauga. Fazemos parte de um grupo de e-mails no qual a maioria dos que já estão no Canadá vive nessa cidade e adora! Ao mesmo tempo em que a possibilidade de viver lá nos parece muito acolhedora, ficamos um pouco inseguros com o fato de nossos amigos enfatizarem a necessidade de se possuir carro, já que, ao contrário de Toronto, Mississauga não conta com sistema de metrô. Porém, como tudo indica que no início nós não teremos carro, ficamos imaginando a dificuldade de se fazer, por exemplo, uma compra de supermercado... de ônibus! E outra: somos dois! Mesmo que conseguíssemos comprar um carro logo, alguém iria acabar ficando a pé na hora de ir trabalhar. (Ressalto que isso nunca foi problema pra mim aqui em SP, já que não tenho carro e me viro muito bem com ônibus e metrô... mas com temperaturas beeem acima de 0!). Isso ficaria mais difícil ainda caso um de nós, devido à proximidade, conseguisse um emprego em Toronto!...

Mais tarde, “conhecemos” Calgary e ela fez bater forte o nosso coração! Quem vive no Canadá e quem acompanha o país já sabe do boom de empregos no estado de Alberta. E Calgary parece ser um lugar bastante aconchegante e tranqüilo, também com parques bonitos e ótima qualidade de vida. Ontem mesmo li em algum lugar que Calgary é a cidade mais limpa do mundo! Quanto a valor de imóveis, o que temos sentido é que está tudo mais ou menos “empatado”. Por favor, me corrijam se eu estiver enganada.

Pois bem... se a dúvida já era grande para decidirmos por Toronto ou Calgary, eis que surge uma Vancouver em nosso caminho! Ela, hoje, é nossa musa inspiradora no Canadá! Cidade maravilhosa (ops... qualquer semelhança...), imponente, uma das melhores do mundo pra se viver! Ainda não terminamos nossa pesquisa sobre Vancouver, mas pelo pouco que já lemos parece que a oferta de emprego não é tão grande como em Toronto e Calgary. Por outro lado, existe menos gente em Vancouver que em Toronto... O que me deixou animada com relação a essa cidade foi o clima! Dizem que o verão é morno e o inverno é ameno. Não neva taaaanto, mas por outro lado, chove bastante. Do lado de cá do computador, fazendo um comparativo de fotos, o que senti é que Vancouver tem uma beleza natural incrível, enquanto Toronto é mais cinza... Posso estar enganada. Precisamos concluir nossa lição de casa!

A verdade é que estamos parecendo dois adolescentes que estão descobrindo os encantos do amor. Cada hora aparece um "mocinho" diferente na minha frente e eu me apaixono por uma de suas qualidades. Mas com quem devo ficar?

Sorte que temos um tempinho antes da decisão final – que não precisa ser definitiva! Nada impede que vivamos 1 ano em lugar, depois 8 meses em outro, mais 2 anos em outro e assim por diante – me senti uma cigana agora!!

Temos que sanar essa dúvida antes do embarque, já que assim que chegarmos precisaremos tirar nossos documentos, e para isso, deveremos estar instalados em algum lugar! E o fato de cada estado ter as suas leis diferenciadas (por exemplo, em cada cidade dessas que citei existe um jeito diferente de se tirar a carteira de motorista) pode atrapalhar um pouco as pessoas mais indecisas.

Não tenho vergonha de dizer que, no final, vamos para onde o Pedro decidir. Isso porque, infelizmente, eu não sou uma profissional de sucesso aqui no Brasil; não estou deixando uma carreira brilhante, muito menos um emprego promissor para trás. O que vou ter que fazer é me encontrar em uma nova atividade por lá, já que hoje trabalho com revisão de textos – em português!!

Então o jeito é continuar “estudando” esse país que nos oferece uma gama enorme de opções, e focar num lugar que proporcione bons resultados profissionais para o Pedro. Eu vou na cola!

Para encerrar, deixo aqui uma frase dita ontem à noite pelo meu marido “decidido”!!:

“Eu estou noivo de Toronto, paquerando Calgary, mas acho que vou acabar me casando com Vancouver!”
Esse homem sabe o que quer!! Ainda bem que na hora de me escolher não teve tanta concorrência!



quarta-feira, 21 de novembro de 2007

No consulado de SP: Entrega dos docs!

Hoje fui entregar pessoalmente a documentação no Consulado, que fica na Torre Norte do WTC SP, aí na foto ao lado.
Sei que poderia ter enviado a papelada pelo Correio, mas deu tanto trabalho juntar tudo, que fiquei com medo de dar azar e o envelope acabar extraviando, vai saber! Fora que queria conhecer logo o tal Consulado (e quem sabe a Maria João? rs) para não ficar algo muito virtual. rs
Fui no horário de almoço e me dei mal, pois o atendimento ao público é somente das 9:30 às 11:00 pela manhã, e das 15:00 às 16:00 à tarde (de segunda a quinta!).
Como teria que esperar por cerca de duas horas e meia pra poder fazer a entrega pessoalmente, tentei desistir e deixar o envelope na recepção do WTC (um balcão exclusivo do Consulado do Canadá), mas não foi possível, já que eles não permitem isso. Como não havia uma agência dos Correios por ali, pensei: "Quer saber de uma coisa? Vou esperar, já que estou no inferno, agora quero ver o diabo!" (hehehe Desculpem pela expressão!)
No subsolo do WTC, há várias lojas e uma grande praça de alimentação. Então almocei por ali mesmo, enrolei bastante e voltei pra recepção do térreo quando faltavam 10 pras 15:00. E eis que, quando chego lá, já havia uma fila de umas 20 pessoas na minha frente! rs Bem, deu 15:00 e, após a identificação individual, fomos liberados para subir.
Chegando no 16º andar, temos que deixar o celular desligado dentro de um armário numerado, o guardinha dá uma chave para cada um. Antes de entrar e passar pela porta detectora de metais, temos que dizer o que vamos fazer para que indiquem a qual guichê devemos nos dirigir (são 3 ao todo). Entrei e fiquei na fila do tal guichê, atrás de uma jovem senhora loira com seu filho de cerca de 20 anos. E depois disso entendi o porquê dos funcionários não serem sempre muito bem-humorados por lá! Assim que chegou no guichê (com vidros à prova de bala e onde mal dá pra ouvir o que a funcionária fala), a tal madame disse que estava lá para entregar os docs do processo de imigração dela e dos 3 filhos. Beleza, pensei comigo, está na mesma fase que eu. Mas quando a funcionária viu a mulher tirar vários papéis da pasta, de modo um pouco estabanado, perguntou se ela já tinha dado entrada no processo... A loira respondeu que não, que estava dando entrada no processo naquela hora, que estava com certidões traduzidas / juramentas e tudo mais... Só que ela não havia nem preenchido aquele formulário inicial, nem pagado as taxas iniciais de processamento! Ou seja, totalmente sem noção! Sabendo que precisaria de tudo isso, a pretensa migrante perguntou pra funcionária do consulado se havia um computador por ali pra ela prencher os formulários na hora, e também um banco pra ela pagar as taxas, no que a atendente disse que isso seria impossível, uma vez que era quase 15:30 e o atendimento só vai até as 16:00. (E eu esperando na fila e com medo da funcionária ficar muito estressada na hora de me atender depois!).
Finalmente, ela desistiu e perguntou se a mãe dela poderia entregar a papelada depois. A atendente disse que sim, mas que ela poderia enviar a documentação pelo Correio, que não era necessário ir até lá. Aí a loira começou a chorar as pitangas, disse que era do interior (São João da Boa Vista, acho...) e bla-blá-blá.
Bom, chegou a minha vez. Eu havia colocado os documentos num envelope pardo, bem simples, e os separado com clipes. Nada de pastinha colorida, fichário e afins. Disse boa tarde pra funcionária, e que estava lá para entregar os docs. Ela pegou o envelope, carimbou e me disse que não havia protocolo. Eu agradeci e fui embora, não levou mais que 10 segundos.
Pra quem for fazer a entrega pessoalmente, o estacionamento custa R$8,00 a primeira hora, e R$2,00 a hora adicional.
No final das contas, não sei se a Maria João era uma das atendentes que estavam no guichê.
Bom, cumprida esta etapa, e agora com bastante tempo antes do pedido dos exames médicos, resta pesquisar bastante sobre o Canadá e aprender como utilizar tantas ferramentas interessantes no Blog e que eu não tive tempo de aprender. Dá até vergonha desse blog quando comparado com o do pessoal. Mas quem sabe eu ganharei o prêmio "Escritores da Liberdade" um dia! hahahah
Abraços a todos e boa sorte!!!

sábado, 17 de novembro de 2007

No trem do Canadá‏: " A identidade (ou falta dela) canadense".


Matéria da jornalista Miriam Leitão de "O Globo".


"Comecei a escrever esta coluna no trem que liga pontos bem definidos de dois canadás: Montreal, em Quebec, e Toronto, em Ontário. No suave sacolejo do pontualíssimo trem, era possível acessar a internet, falar ao celular, ver os produtivos campos do país, cruzar com outros trens, ou ler. Na primeira parte da viagem, me afundei no livro “The Unfinished Canadian”, que traz inevitáveis reflexões.Os canadenses, explica o livro do jornalista Andrew Cohen, continuam imersos na interminável discussão sobre quem são eles. Serão uma cópia dos americanos pela inevitável força gravitacional que exerce a maior potência do mundo? Serão ingleses? Franceses? A crise de identidade — ou de falta de identidade — tem uma infinidade de dimensões.Cohen é um dos vários escritores a se debruçar sobre esse assunto. Roy MacGregor é outro. No livro “Canadians”, ele pergunta, na primeira linha, “Quem somos nós?” E ele mesmo responde: “Não tenho idéia.” Um canadense de Ontário dirá que a crise de identidade é natural, fruto da extrema juventude do país, que completa, este ano, 140 anos de vida independente.Um canadense de Quebec vai se definir como um québécois (carregando no sotaque, nada anglo-saxão, do som “quebecoá”).Um morador de Toronto vai falar com orgulho do estonteante crescimento da cidade desde que todo o mercado financeiro e muitas empresas fizeram as malas e abandonaram Montreal no auge do movimento separatista de Quebec, na segunda metade dos anos 60. O orgulhoso morador de Montreal mostrará a parte velha da cidade cheia de sinais da volta por cima.


Imponentes prédios do século XVIII que eram sede dos bancos são hoje elegantes hotéis decorados com mobília de época, para dar aos turistas a sensação de retorno no tempo, ou têm decoração radicalmente pós-moderna e minimalista, para explorar as contradições.O belo prédio da Bolsa de Valores é hoje o principal teatro da parte antiga da cidade, e a temporada deste ano, afirmam os cartazes afixados na frente do prédio, é mais uma vez dedicada a confirmar o que eles chamam de os “valores da identidade québécoise”.Perguntei a um morador de Toronto, formado em História, quem era o maior herói do Canadá, e ele me olhou com o espanto.— Não temos heróis. O Canadá não teve guerra civil, revolução, fatos dramáticos.Na universidade, o que mais me aborrecia era ter que estudar a história do Canadá. Era chato.O livro de Cohen ressalta insistentemente esta falta de heróis como fato incontestável.Cita vários autores, canadenses ou não, que dão as mais variadas explicações.“Não há heróis na terra bravia. Só os tolos correm riscos”, diz o escritor irlandês Brian Moore, explicando o fato pela geografia extensa e o clima extremo do Canadá.Em Quebec, respira-se História, e ela não tem apenas 140 anos. O museu de Arqueologia e História, construído no local do primeiro prédio de Montreal, recuperou as fundações da velha edificação e, misturando efeitos high tech com aquelas sólidas bases de pedra, conta a história da cidade que tem mais de 350 anos, com heróis, fundadores e luta de resistência. A cidade foi invadida pelos ingleses, que venceram, mas jamais conseguiram eliminar a forte raiz francesa da terra que um dia se chamou Nova França.


Quando ponderei ao jovem professor de história de Toronto que o país teve, sim, momentos dramáticos, como a invasão americana em York (hoje Toronto) e sua vitória sobre os vizinhos, ele disse: — Ah, isso eram os ingleses, não nós! Em Montreal, um garçom me falou longamente sobre a cidade. Para ele, fatos passados e presentes se misturam contando uma história só. Ele não diria: “Isso foi na época dos franceses.” Ele se sente, de certa forma, um pouco francês.Talvez essa diferença de atitude tenha explicação na estrutura de poder. Os angloamericanos venceram.Para eles, não há necessidade de firmar uma identidade.Eles são o que são e o que serão num país claramente em mutação. Podem continuar sendo engolidos pela proximidade do vizinho poderoso com o qual têm a maior fronteira do mundo, repetindo-os em tudo e se dissolvendo. Os franco-canadenses não querem se dissolver, precisam se diferenciar dos Estados Unidos: é sua única forma de sobrevivência.O escritor austríaco Stephan Zweig, que também passou pelo Canadá no começo do século passado, advertiu que os franceses deveriam aceitar a assimilação com os ingleses. A família Trudeau nasceu da dupla face do país, mas Charles e Grace, pais de Pierre Elliot Trudeau, que viria a ser o mais inesquecível dos primeiros-ministros canadenses, exigiram dos filhos as duas línguas em casa. Até os bilhetes entre pais e filhos eram em inglês, como conta o biógrafo John English no seu recém-lançado “Citizen of the World”.Hoje o Canadá ainda se apresenta como um país bilíngüe, mas parece mais ser um país no qual se falam duas línguas. Moradores de Toronto, de nível universitário, admitem falar apenas um francês para a sobrevivência.Reclamam das aulas obrigatórias, dos métodos cansativos, da língua apresentada como uma coleção de regras.Em Montreal, é mais fácil encontrar quem fale inglês fluente, mas eles preferem sempre a conversa em francês.

Em Quebec, celebram a diversidade cultural; foram formados não apenas pelos franceses, mas por imigrantes de várias nacionalidades.Porém, essa diversidade se estabeleceu em bairros separados, e assim se cristalizou. Viva e estonteante é a diversidade cultural de Toronto, que eu conto amanhã".




Esta matéria e muitas outras, extraídas dos principais periódicos e revistas brasileiras, podem ser encontradas no blog abaixo, que indico aos amigos.




Achei esta matéria muito interessante.


segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Ôba, good news!


Quando pensava que a carta de solicitação de docs ainda levaria pelo menos um mês pra chegar, eis que ao abrir a porta de casa hoje, chegando do trabalho, me deparo com o famoso envelope reciclado debaixo da porta!

Pena que a Certidão Criminal Negativa da Polícia Federal só vai ficar pronta dia 19/11. Era pra estar pronta no dia 24/10, mas devido à greve, o prazo passou de 30 dias para quase 2 meses, um absurdo!

Segue a atualização do nosso processo:

24/04/2007: Envio do formulário para o consulado de SP
09/05/2007: Abertura do processo
16/05/2007: Recebimento da carta de confirmação
05/11/2007: Carta solicitando docs

Tomara que a Certidão da Dani não atrase muito também e que possamos enviar a documentação ainda no mês de novembro.

Abs.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Coisinhas de mulheres...

Como o Pedro tem publicado muita coisa séria e concreta por aqui, resolvi escrever um pouquinho do que está se passando pela minha cabeça nos últimos meses...

Enquanto estamos sem novidades com relação ao processo de imigração, o jeito é continuar pesquisando e sonhando... Uma de minhas atividades diárias tem sido visitar os blogs de quem já está no Canadá e também daqueles que estão "na fila", como nós!


Lendo os relatos, é inevitável que surjam mil dúvidas e que fiquemos cada vez mais ansiosos com a possibilidade de mudar logo de vida! Principalmente eu, que sou a ansiedade fantasiada de gente!


Muitas coisas me preocupam... Não necessariamente nesta ordem: idioma, moradia, clima, alimentação, saúde, novas amizades, enfim... a nossa adaptação num lugar cuja realidade é totalmente diferente da nossa!

Pode ser que em outros tópicos eu aborde cada um dos itens citados acima, mas hoje vou falar de coisinhas de mulheres!

Acabo de chegar à conclusão, depois de ler o comentário que a Cecília do Pinguinland deixou pra mim, que vou ter que fazer um cursinho de manicure por aqui! Pelo visto esse tipo de serviço no Canadá é supercaro!! Até que fazer as unhas das mãos não é tão difícil... me falta um pouco de coordenação, mas nada que um esmalte clarinho não disfarce e engane de longe! Mas e os pés?? Eu tenho uma amiga que diz que quando tenta fazer as unhas dos pés sempre se lembra daquela música dos Mamonas Assassinas: "Comer tatu é bom, que pena que dá dor nas costas!" Diante desse meu "desespero" o Pedro me tranquilizou dizendo que meus pés ficarão dentro de botas durante a maior parte do ano... Sei, sei... Quero até ver se ele vai gostar de me ver dormindo de botas!

Isso sem falar nas minhas luzes, nas sobrancelhas, na depilação... Nessas horas me parece tão mais prático ser homem!

Bom, vou parar por aqui porque já deve ter gente me achando uma perua fútil à beira de um ataque de nervos! E olha que eu nem sou das mais vaidosas, quem me conhece sabe! Só faço o necessário para me sentir bem, mas tenho certeza que vou conseguir me virar muito bem sem essas coisinhas no Canadá!

Depois me preocupo com isso! Agora tenho hora marcada no cabeleireiro! ehehehe

sábado, 20 de outubro de 2007

Resultado do IELTS

Bom pessoal, hoje de manhã fui até a St. Giles pegar o resultado da prova.

Ao mesmo tempo que fiquei feliz pelo resultado, fiquei chateado pela nota do Speaking (falarei mais a respeito abaixo).

Mas vamos ao resultado:

Listening: 7.0
Reading: 8.0
Writing: 8.0
Speaking: 6.5
Overall Band Score: 7.5

Bem, estas notas garantiram os pontinhos que faltavam pra ter a pontuação mínima. Temos 69 pontos dos 67 necessários.

Mas falando sobre o IELTS, deixo aqui meus comentários e "dicas".

Sobre a preparação para a prova, eu me preparei mais no entendimento de como funciona cada parte da prova e nas dicas dadas pelo site abaixo:

http://www.ieltshelpnow.com/free_ielts_general_training_listening_test_tutorial.html

O prof. que escreve os artigos dá várias dicas que achei bem válidas para cada parte do teste.

Em termos de material, eu fiz alguns simulados que retirei deste site:

http://artefact.lib.ru/languages/eng_textbooks_ielts.shtml

Comentários sobre o que achei da prova:

1) Listening: é a parte que eu estava com mais medo, principalmente por causa dos diferentes sotaques e também porque meu poder de concentração não é muito bom e eu tinha receio de me distrair e perder pontos. No início da prova eu perdi algumas questões, mas segui os conselhos do prof. do site que citei: "não se pode cair no desespero! Perdeu, esqueça e se concentre nas próximas questões". Acabei recuperando os pontos perdidos no início na parte final da prova, que é a mais chatinha. Se eu tirasse 6 já ficaria conformado, mas acabei conseguindo 7, o que me deixou feliz.
Não deixe nada em branco na folha de resposta! Há casos que são questões de múltipla escolha e mesmo que você não tenha descoberto a resposta, você ainda pode utilizar o raciocínio lógico e chutar a questão com boa possibilidade de acerto.

2) Writing: minha expectativa era tirar 8 e, ainda bem, ela se confirmou. Já que a prova é feita a lápis, eu fui escrevendo direto, sem fazer rascunhos, e procurando completar o máximo possível de linhas. Os assuntos que caíram foram interessantes, então dei sorte em desenvolver bem os temas. Minha dica é não fazer rascunho, caso contrário você terá que correr bastante e talvez não dê tempo de revisar bem o texto e encontrar possíveis erros que você tenha cometido.

3) Reading: há muitos textos pra ler. Eu procurei, antes de iniciar a leitura completa de cada texto, verificar as perguntas pra saber exatamente o que o examinador queria saber no meio daquele monte de informações. Aí, ao ler o texto completo, já fui grifando os trechos mais importantes. Quando acabei esta parte ainda faltavam uns 10 minutos, então chequei cada uma das minhas respostas e acabei encontrando alguns erros. Portanto, a dica é aproveitar cada minuto, pois você sempre vai encontrar algum detalhe que passou batido e pode te garantir bons pontinhos. A nota 8 foi de bom tamanho. Outra dica é: muito cuidado ao passar as respostas pra folha! Fique atento ao que o examinador está pedindo! Se a resposta solicitada for, por exemplo, TRUE or FALSE, não responda YES ou NO, pois você perderá pontos que estavam garantidos!

4) Speaking: esta foi a parte em que julgava ter ido melhor. Caí do cavalo e teirei 6.5!
A recepcionista da St. Giles disse que acontece isso com a maioria das pessoas, ou seja, na parte que você julgava ter tirado sua melhor nota, você acaba tirando a pior!
Na minha preparação para a prova, eu ouvi vários testes disponíveis online, nos quais algumas pessoas, mesmo com um sotaque horrível e inglês que eu imagino pior que o meu, foram bem avaliadas pelo examinador, até com nota 9.
No meu exame, eu senti que tinha ido superbem, dei respostas completas e em nenhum momento gaguejei, conseguindo uma fluência legal. Eis que a sra. que me avaliou e que tinha sido bem simpática me dá essa nota! Estou inconformado! rs Sinceramente, acredito que tenha pegado uma avaliadora daquelas bem rígidas pois tenho certeza que com outro avaliador minha nota seria melhor. Fico imaginando que nota ela deu pra outras pessoas que não possuem tanta fluência no idioma.
Mandei um e-mail pra St. Giles perguntado se há a possibilidade da minha prova oral ser reavaliada. Vamos ver.

Enfim, foi essa a minha experiência. Apesar dessa decepção com a prova oral, fico feliz por ter passado "de primeira" e deixado mais um obstáculo para trás.

Um abraço e boa sorte a todos que ainda vão prestar a prova!

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Adiantando as coisas

Acompanho alguns blogs semanalmente e deu pra perceber que a fila andou, ou seja, muita gente que havia entregado o formulário de skilled worker do processo federal no fim do ano passado e nos primeiros meses deste ano acabou recebendo a carta de solicitação dos documentos.

Como nosso processo foi aberto em 09/05, e considerando que para os casos citados anteriormente a média de espera foi de aproximadamente 6/7 meses, começamos a adiantar as coisas para termos tudo praticamente em mãos quando a esperada carta chegar (em nov/dez?).

Isso é o que foi possível fazer:

01) Todos os formulários já estão preenchidos, falta só datá-los.

02) IELTS: a prova tá chegando, dia 05/10 (oral) e 06/10 (demais). A luta é pra conseguir ao menos 2 setes. Estou confiante nas modalidades Speaking e Reading. Creio que o Writing 1 também seja tranquilo e o 2 um pouco mais chato. Quanto ao Listening, não creio que consiga mais do que 6 (odeio o sotaque britânico!).

03) Passaporte: Como o meu passaporte atual vence em novembro, estive na Sede da PF em SP (fiz o agendamento pela Internet), e tudo foi perfeito para solicitar o novo modelo. Meu horário era o das 13 horas. Às 13:15 eu já estava saindo de lá. Na verdade, cheguei com antecedência e aproveitei pra dar entrada na solicitação da certidão criminal negativa. Vai demorar 1 mês pra ficar pronta, isso se a greve que começou agora não prejudicar os trabalhos...A Daniela ainda vai ter que ir lá tirar pessoalmente a certidão também...

04) Certidões: Sobre a da PF eu já citei acima. A Estadual, eu tirei no Poupa-Tempo da Praça da Sé. Cheguei lá no início da tarde e saí com o documento em mãos depois de cerca de duas horas de espera. Pra quem não gosta de ficar sem fazer nada, recomendo que leve alguma coisa para ler. A certidão da Justiça Federal nós tiramos pela internet mesmo, pois a Daniela foi até a justiça federal no Centrão e a mulher que atendeu disse que só emitem pela Internet. Fiquei com o pé atrás pois alguns juram que o consulado canadense só aceita certidão original, nada de Internet...

05) Fotos: Vamos tirar qualquer hora, espero que o fotógrafo tire fotos nas tais medidas solicitadas pelo consulado, ou seja, 3,5 x 4,5!!!

06) A parte de comprovantes de estudo, trabalho e certidões pessoais já está pronta, ou melhor, falta apenas o histórico escolar da faculdade da Dani.

Enfim, acho que é isso. Estamos sem postar por aqui faz tempo mas continuamos vivos! :-)

Um abraço a todos!

domingo, 22 de julho de 2007

Casamento!


Este final de semana foi muito importante. Eu e a Dani casamos no civil. O religioso vai ser ano que vem, antes de imigrarmos. Desta forma, até lá, vamos morar ainda separados e usando as alianças na mão direita.
Tudo foi muito especial. Geralmente, casamentos no civil são mera formalidade e chatos. No nosso caso, foi bem mais animado. Primeiro porque o cartório em que casamos, na Rua Frei Caneca, é super bonito (e olha que achar um cartório bonito é o fim da picada!). Mas o mais legal foi a presença de tanta gente que veio de longe (de Uberaba principalmente, da parte da Dani) e a juíza que celebrou o casamento que foi nota 10. Ela fugiu um pouco do script burocrata, foi bem simpática e, em determinado momento, me fez chorar como um bebê. Ela pediu que eu falasse algumas palavras para a Dani, do coração....aí a equipe do fotógrafo/cinegrafista colocou aquele fundo musical "emocionante" e não teve como me segurar...Acho que demorei pelo menos um minuto pra conseguir falar alguma coisa até me acalmar. Fiquei orgulhoso pela Dani. Ela é super chorona e, quando chegou a vez dela, foi firme e carinhosa, e não chorou! Mas já prometi que no casamento religioso vou me segurar, o que tinha que chorar já deixei para esta vez.
Depois fomos numa churrascaria almoçar. O atendimento e o ambiente foram excelentes. Mais pro final da refeição, eu já estava ansioso pra pedir sobremesa (sou uma formiga!) quando eis que começaram a cantar e bater palmas...Lá vinha um bolo surpresa com dois noivinhos em cima!
À noite fomos ao Teatro Abril, assistir ao musical "Miss Saigon". Adoramos! No intervalo, brindamos com champagne a esta data especial!
Enfim, enquanto o processo de imigração ainda está relativamente distante, vamos tocando nossa vida por aqui e tentando ser felizes, apesar das dificuldades no Brasil em relação aos problemas sociais /políticos, etc. Esperamos também que o caos nos aeroportos seja resolvido de alguma maneira. Foi uma tristeza muito grande acompanhar o sofrimento de tantas pessoas que perderam familiares e amigos de maneira tão trágica no acidente com o avião da TAM.

Um abraço a todos!

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Contagem Regressiva

Estamos no Processo Federal. Vou postar a situação atual e na medida em que as coisas forem acontecendo, atualizarei.
Como todos que estão neste barco, a ansiedade é enorme para que o tempo passe rápido. Enquanto isso, vamos nos preparando...

24/04/2007: Envio do formulário para o consulado de SP
09/05/2007: Abertura do processo
16/05/2007: Recebimento da carta de confirmação

O IELTS tá marcado pra 05 e 06/10!

quarta-feira, 30 de maio de 2007

A proposta: que tal vivermos no Canadá, amor?!

Certo dia, em meados de abril de 2007, o Pedro me ligou todo empolgado contando que um amigo dele (o Fábio) estava em processo de imigração para o Canadá. Contou que ele pagou uma taxa x e que depois faria uma prova, nada muito complicado, e que em mais ou menos um ano se mudaria para lá com a família. Senti na voz do Pedro a costumeira felicidade que toma conta dele sempre que fala de alguém que vive fora do Brasil. Mas não dei muita importância...


No dia seguinte, ele me mandou um e-mail, ainda com este mesmo assunto... se lamentando por não ter sabido antes do processo do Canadá, e me dizendo que é muito mais simples ir pra lá do que conseguir a tão sonhada (por ele) Cidadania Italiana. Como boa namorada que sou, cumpri com minha obrigação: consolá-lo e dizer que "quem sabe um dia não aparece uma oportunidade legal assim pra gente também?!", mas nem me aprofundei no assunto, já que havíamos passado as duas semanas anteriores atrás de igrejas para marcar nosso casamento para julho de 2008. A idéia era ficarmos noivos agora em maio, no dia das mães.


Mais um dia se passou, e triimmm... era o Pedro: "Imprimi o formulário de imigração pro Canadá. Já preenchi. Agora é só pagar a taxa e mandar por Consulado".

Neste momento fiquei doida... tudo rodava à minha volta... o chão se abriu debaixo dos meus pés e eu soltei os cachorros em cima do Pedro ali mesmo, pelo telefone (sorte dele!). Falei que ele era louco!! Que vivia no Fantástico Mundo de Bob, cada hora com uma idéia diferente!! Que estávamos com planos de nos casar, e indaguei o que eu faria no Canadá além de morrer de frio etc. etc. etc... (vou poupar você, leitor, de mais detalhes do meu estado de fúria. Dizem que sou esquentadinha!)


Maaaaassss... como os opostos se atraem... o Pedro (nem sempre) é a pessoa mais calma deste mundo! E possui um incrível poder de persuasão (se bem que neste caso ele nem precisou se esforçar tanto). Tratou de me mandar fotos do Canadá, links de blogs, sites de notícias... e devagarinho conseguiu amansar a fera. Passei horas e horas na internet me inteirando do assunto.


Se antes eu achava que ele viva num mundo de sonhos, hoje digo que embarquei de corpo e alma nesse sonho também! De cabeça fria e cheia de argumentos e motivos, hoje eu afirmo, com toda segurança e certeza: EU QUERO VIVER NO CANADÁ!


P.S.: O título do post foi apenas um chamariz!

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Por que Ser e Ter (Être et Avoir)?

Ser e Ter é um documentário francês que adoro, abri até uma Comunidade no Orkut pra ele.


Estes dois verbos explicam bem as razões pelas quais desejo ir para o Canadá:


Ser feliz num país que nos dê mais qualidade de vida e perspectivas de um futuro promissor;


Ter tranquilidade para constituirmos uma família, sabendo que nossos filhos poderão viver numa sociedade mais justa e em paz.


Tomara que a Clarinha (nossa futura filha) seja bonitinha como as crianças do filme e fale francês tão bem quanto elas.

Pra quem ainda não viu o filme, fica a dica.

terça-feira, 22 de maio de 2007

Nunca pensei...

Nunca pensei em ter um blog...

Apesar de gostar muito de escrever, a idéia de ter um "diário virtual" nunca me atraiu! Sei lá... às vezes nem eu sei o que se passa pela minha cabeça! Pra que dividir com os outros os meus devaneios?


Nunca pensei em ter um cachorro...

Aliás, essa possibilidade me causava arrepios!! Aquele ser esquisito, peludo, babando, latinho, urgh!! Confesso que era medo! Principalmente depois de quase ter sido engolida por um doberman!


Nunca pensei em morar sozinha...

Não sou de falar muito, mas não ter com quem conversar já é demais! Me acostumei com a casa sempre cheia! Imagina só não ter que dividir o quarto, o banheiro, a sala, a cozinha com ninguém? Credo...

Nunca pensei em viver fora do Brasil...

Sempre gostei muito do país onde nasci! Não só pelo clima agradável e pelo povo alegre... Na verdade sempre fui muito grudada com minha família, e ao contrário de muita gente, nunca tive nem vontade de estudar fora, nem que fosse por uns tempos!


E hoje, cá estou eu, desabafando toda essa papagaiada pra mostrar pra você a conclusão à qual cheguei: A vida nos prega peças! E a mais novinha delas é este blog aqui que o Pedro acabou de abrir para a gente e que eu não resisti e estou inaugurando! =)


Para encerrar meu primeiro post, preciso dizer que hoje, além de um blog, eu tenho um cachorro vira-lata estressado lindo, que baba e late mais ainda, mas que eu amo muito; moro sozinha e converso comigo mesma, e logo, logo deixarei o Brasil com o Pedro sem data para voltar! É a vida!