sábado, 12 de dezembro de 2020

2020: um ano cheio de comemoracoes

 O titulo deste post soa meio estranho, tendo em vista que 2020 foi - tem sido - um ano tao atipico, de pandemia, lockdown, fronteiras fechadas em todo o mundo, muita gente infectada pelo coronavirus, mortes, inseguranca, medos, incertezas, nao e mesmo? 

Pois e. Mas, justamente por ter sido um ano tao diferente; um ano em que passamos muito mais tempo em casa em familia; um ano em que ver os amigos foi coisa rara... justamente por isso, parece que passamos a dar mais valor aos momentos e as pessoas. 


Foi em 2020 que quase todo mundo foi na porta de algum amigo cantar parabens no dia do aniversario... foi em 2020 que quase todo mundo teve agum evento virtual via Zoom...  Foi em 2020 que paramos para refletir o quanto a vida e fragil e passageira. 

Foi por isso que neste ano eu nao deixei nenhuma data passar em branco. Tivemos brinde a vida ate do peixinho das meninas! E ele, ironicamente, morreu alguns meses mais tarde... mas ai fizemos um funeral pra ele, porque ele fez parte de um pedacinho da infancia delas, e mereceu uma despedida. 





Fevereiro: aniversario do Pedro. Ainda nao estavamos na pandemia, nem impedidos de comemorar com amigos, mas por algum motivo ele preferiu ficar em casa, so comigo e as meninas. Mas teve bolo! 








Abril: fiz um bolo todo colorido e comemoramos os 2 anos do peixinho Slimy. As meninas se divertiram e certamente nao vao se esquecer desse dia! 



Maio: meu aniversario. Ganhei uma festinha surpresa de amigos queridos na porta da minha casa, com direito as presencas da minha mae e meus irmaos nas telas dos celulares. Teve musica, conversa, risadas e lagrimas. Teve bolo! Mas nao teve abraco... 








Junho: eu e o Pedro fizemos 13 anos de casamento. Talvez se fosse um ano como outro qualquer, nao tivesse bolo, brigadeiro e salgadinhos. Mas era 2020. Tivemos tudo isso! 










Agosto: aniversario da Clara. Tivemos um breve "respiro" e o Governo do Canada permitiu que pequenos grupos se reunissem. Aproveitamos para comemorar os aniversarios da Clara e da Bruna, filha dos amigos que fizeram parte da nossa "bubble de 10". 








Novembro: aniversario da Amanda. Comemoracao em familia, no restaurante do resort onde fomos passar uma semana de ferias... (isso vai merecer um outro post. Sim, viajamos na pandemia!)




Dezembro: Amanda ganhou da madrinha dela um bolo de aniversario. Ja e tradicao que a madrinha faz os bolos da Amanda, mas como este ano nao tivemos festa, ela aproveitou a "visita de Natal" que fizemos em seu backyard, de mascaras e distanciamento social, para fazer um bolo delicioso pra Amanda e cantarmos parabens. 



A proxima comemoracao sera o Natal... apenas nos 4, em casa. Mas vai ter festa sim! Vai ter comida gostosa e vai ter muito agradecimento a Deus pela saude de nossa familia neste ano inesquecivel. 

E que venha 2021, com dias melhores e *fingers crossed* abracos!! 

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Como conseguimos nosso caozinho no Canada


Este ano tivemos uma experiencia nova por aqui... Aumentamos nossa familia com um cachorrinho! Na verdade foi algo nao exatamente muito planejado. Nunca fez parte do nosso objetivo ter pets. Nao somos (ops, nao eramos) apaixonados por animais, alem de sempre termos ouvido dizer que veterinario no Canada pode ser bem caro. 

Acontece que a Clara sempre gostou muito de bichinhos. Ela e daquelas criancas que seguem os cachorros em parques para fazer carinho. Desde pequena ela sempre nos pediu para ter um puppy, e nos sempre davamos alguma desculpa. Com o tempo, essa vontade dela foi crescendo, e, junto com a vontade, cresceu uma certa frustracao e decepcao quando, ha cerca de cinco anos - quando ela tinha 4 - Clara comecou a desenvolver alergia a cachorros. Era ela passar um tempinho perto de um caozinho, que seus olhos inchavam e ficavam lacrimejantes. Quando iamos na casa de alguem que tem cachorro, sempre levavamos um antialergico para ela, porque certamente ela iria precisar. 

Clara estava relativamente conformada com o fato de nunca poder ter um cachorro, ate conhecer o Google e comecar a fazer perguntas pra ele. Numa dessas pesquisas, durante o comeco da pandemia, ela descobriu que existem cachorrinhos hipoalergenicos. Pronto! A alergia nao seria mais empecilho. Foi entao que ela comecou com o projeto "preciso de um cachorro". Pesquisou todas as racas que se encaixavam no que ela queria: um cachorro bonitinho, nao muito grande, e hipoalergenico. O resultado que mais a agradou foi a raca Havanese. Ela se apaixonou pelos peludinhos. Passava um tempao, todos os dias, olhando fotos de filhotes e falando sobre o dia que ela teria um daqueles. Ela chegava a falar, correr e brincar com o cachorro imaginario. O proximo passo foi apresentar a nova paixao para mim. Nao demorou nada, eramos duas pesquisando, olhando fotos e pirando por causa daqueles pequenos! 

Depois de um pequeno trabalho de convencer o Pedro de que talvez fosse hora de termos um cachorrinho, (afinal de contas estavamos todos em casa, as meninas entediadas, sem escola, as viagens canceladas - ja estavamos com duas viagens canceladas por conta da pandemia), comecou nossa pequena saga da procura do nosso futuro filhote.

Exatamente pelo motivo de alergia, nao consideramos a opcao de adotar. Teriamos que ir atras dessa raca especifica para nao termos problemas. Foi ai que comecou a novidade para mim: comprar cachorro no Canada nao e tarefa das mais faceis! Entrei em contato com uma amiga que havia comprado um filhote havia pouco tempo, para saber onde/como fazer. Entao ela me explicou que aqui temos que tratar direto com os breeders (criadores) da raca especifica. Ela me explicou que os breeders geralmente tem uma lista de espera, e que eles fazem uma pequena entrevista com os futuros possiveis donos, para saber se eles se enquadram no perfil que eles consideram aceitavel. Essa amiga me alertou tambem para ficar longe de Kijiji e afins, ja que por meio dessas ferramentas pode ter muita gente mal intencionada. 

E ai comecou minha participacao na busca do nosso caozinho. Fui pra internet e comecei a estudar os breeders de Havanese da nossa regiao. Aprendi que existem certificacoes, que garantem a "qualidade" dos filhotes. Existem associacoes dos criadores de cada raca. E tudo muito organizado e complexo. Depois de mandar e-mails para praticamente todos os breeders da regiao, sem sucesso (todos com fila de espera de perto de um ano), comecei a explorar os mais afastados... e os ainda mais afastados... ate que mandei e-mail para praticamente todos os criadores de Havanese de Ontario (pelo menos todos os que estavam cadastrados). E o desanimo comecou a bater. Resolvemos tentar outra raca... segundo as pesquisas da Clara, o Shih Tzu tambem se enquadra no perfil de cachorro nao tao grande, bonitinho e hipoalergenico. Estavamos em abril quando consegui conversar com uma breeder de Shih Tzu, e fiquei de entrar em contato com ela novamente em junho para saber se ela me colocaria na lista da proxima cruza de uma de suas cachorrinhas, que seria no comeco de agosto... pelas minhas contas (de leiga), na melhor das hipoteses, teriamos um cachorrinho em casa  no fim do ano. Era quase uma gestacao de um novo membro da familia mesmo. Conversei com as meninas e expliquei que nao tinhamos outra opcao. Com a pandemia, a procura por cachorros aumentou muito, entao deveriamos esperar. 

Sosseguei as meninas, mas eu mesma nao sosseguei. Fui contra as recomendacoes da minha amiga e procurei no Kijiji. Tres picaretas me responderam e fiquei impressionada de ver a cara de pau dessas pessoas, querendo me mandar cachorros inexistentes. Teve um cara que fez ate uma entrevista comigo, contou uma historia dramatica e disse que me daria dois filhotes. Eu so precisaria pagar pelo transporte. 

Nesse meio tempo, soubemos de duas amigas que tem caes da raca Havanese e que os conseguiram numa mesma fazenda, nao muito longe daqui. Os donos dessa fazenda sao Amish, portanto nao estao na Internet, e por isso mesmo eu nao os tinha contactado. Conseguimos o telefone deles e soubemos que - feliz e coincidentemente - uma ninhada havia acabado de nascer, e que poderiamos ir visitar dentro de um mes. 

Segurei a noticia e a ansiedade, e so contamos a novidade para as meninas no dia da visita. 

A fazenda fica proximo a Waterloo, numa regiao com muitas fazendas Amish. Mesmo que nao desse certo a compra do cachorro, ja teria valido o passeio em meio a carrocas e pessoas com roupas e costumes de antigamente. 

Fomos os primeiros a conhecer os filhotinhos! (os donos da fazenda sempre anunciam a venda na internet, com ajuda de um vizinho que tem essa tecnologia, mais proximo de quando os filhotes estao prontos para irem para seus novos lares) Sendo assim, pudemos escolher dentre os 6 da ninhada (5 machos e uma femea) o que mais nos agradasse. Eu estava inclinada a pegar uma femea, e o Pedro preferia macho, pois segundo ele: "ja tem muita mulher aqui em casa!". Acontece que um mesmo caozinho conquistou nossos coracoes. Todos eles eram marrom claro, com excecao do que nos conquistou: um chocolate com bege e branco. 

    Clara com o filhotinho que gostamos, no dia em que o conhecemos, com cerca de 5 semanas de vida


Resolvido! Fcariamos com ele! So precisavamos esperar mais algumas semanas ate que ele fosse vacinado. 

Naquele mesmo dia voltamos pra casa conversando sobre um possivel nome, e todos concordamos (depois de muuuuuuuitas ideias lancadas por todos) com o nome BROWNIE!  

Entao, no dia 12 de junho de 2020, finalmente fomos buscar nosso pequeno! 

Brownie faz 8 meses semana que vem, e ja esta mais do que adaptado a nossa rotina. Quanto a nos... e dificil saber quem e o mais apaixonado por esse caozinho! Ele foi a melhor coisa que nos aconteceu neste ano tao doido e cheio de noticias ruins! 



 

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Criancas poliglotas - tortura ou vantagem?




Mesmo antes de termos filhos, eu sempre defendi a importancia de se manter a ligua mae no dia-a-dia com criancas que vivem num pais de idioma diferente do pais de origem dos pais. Quando viemos pra ca, eu sempre disse que conversariamos somente em portugues em casa, e que eu ensinaria a ler e escrever em portugues quando as criancas ja estivessem alfabetizadas em ingles. 

E assim foi! Desde sempre, so falamos em portugues com as meninas. No caso da Clara, que ficou em casa comigo ate entrar na escola aos 4 anos, o portugues so comecou a causar um certo tipo de stress quando ela passou a falar ingles o dia todo na escola... teve um momento que ela achava mais facil se comunicar em ingles mesmo em casa, entao tivemos que ser firmes e persistentes na nossa escolha. Ela me perguntava algo em ingles e eu, em vez de responder, alertava: "portugues!" - e assim ela se acostumou e percebeu que nao teria outro jeito. 

Ja no caso da Amanda, como eu trabalhava, ela acabou indo para o daycare quando tinha 18 meses... e isso meio que deu um no na cabecinha dela! O dia dela no daycare ela super longo (as vezes ficava la por 10 horas). Quando voltava para casa, era a conta de jantar, tomar banho e dormir. Como em casa a gente so se comunica em portugues, e no daycare ela so ouvia ingles, isso acabou retardando a fala dela. Ela entendia absolutamente tudo nos dois idiomas, mas nao falava! Isso foi um baita alerta para mim, que sempre bati nessa tecla do portugues. A solucao, depois de um ano, foi parar de trabalhar para me dedicar a educacao e desenvolvimento dela. Nao demorou muito, Amanda soltou a lingua nos dois idiomas... e neste ano, em setembro, comecou a ir para a escola "de verdade", mas felizmente ja esta afiadinha no portugues! 

Ao mesmo tempo que eu batia na tecla do portugues, Pedro concordava e batia em outra tecla: a da French Immersion. Eu tinha minhas duvidas, medos e incertezas quanto a colocar as meninas em escola de imersao francesa! Na minha cabeca isso seria torturar as criancas, ja que elas ja seriam bilingues, alem do que, nos nao falamos frances. O Pedro ate que tem uma nocao, pois ja estudou, mas eu sou um zero a esquerda no idioma! Ate que chegou a hora de matricular a Clara no primeiro ano, que e quando tem inicio a imersao, caso as familias optem por isso. Fomos a uma reuniao explanatoria e eu fiquei mais tranquila, ainda que um pouco com o "pe atras". Nessa reuniao foi explicado que o programa de imersao francesa das escolas catolicas aqui da nossa regiao - Durham -  e destinado a familias que nao falam frances! Toda duvida que a crianca venha a ter e sanada em sala de aula. Cedi... ok! Let's give it a try! 

Hoje, com a Clara no quarto ano, eu so tenho a agradecer pela ideia do Pedro. Clara se deu super bem no programa de imersao! Durante os 3 primeiros anos ela teve todas as materias em frances, e somente religiao em ingles. Ela fala direitinho! Eu nao entendo nada, mas acho lindo! hahah A partir deste ano as materias sao divididas. Metade ministrada em frances e metade em ingles. A Clara teve muita facilidade com o frances, acredito que em parte pelo conhecimento que ela tem do portugues. O frances ajudou, inclusive, na confusao que ela tinha com masculino e feminino em portugues. 

Ah! E como nem sempre o que planejamos para nossos filhos se faz realidade... a minha ideia de ensinar a ler e escrever em portugues ficou so na ideia! Clara le e escreve em portugues, por conta propria! Como a alfabetizacao por aqui se da pelos sons das letras, e como ela e interessada e gosta muito de ler, acabou aprendendo sozinha! Eu auxilio com dicas em palavras com "lh", "ch" "nh" etc. Mas o geral ela pegou sozinha, "de uma hora pra outra", antes que eu estivesse preparada para ensinar. 

A conclusao a que chego nao e novidade pra ninguem: quanto mais idiomas uma pessoa souber, melhor para seu futuro! Seja para trabalhar, viajar, ou simplesmente para exercitar o cerebro. Conhecimento e uma bagagem que nao pesa. Tenho certeza absoluta que as meninas um dia vao nos agradecer por isso.  

2013 - o ano em que nos tornamos Cidadaos Canadenses

 Depois de quase 4 anos vivendo no Canada como residentes permanentes, finalmente, em outubro de 2013, nos tornamos cidadaos! Mas antes de falar da cerimonia, vou comentar um pouquinho sobre o caminho ate la. 


Para se tornar cidadao no Canada, o residente permanente precisa comprovar que viveu no pais durante 3 anos, num periodo de 5. Ou seja, cada dia que voce passou fora do Canada num periodo de 5 anos deve ser descontado. Sao necessarios 1095 dias vivendo no pais para requerer a cidadania. Depois de aplicar para a cidadania, enviando os documentos exigidos pelo Governo, e efetuando o pagamento de uma taxa, chega a hora de estudar para a prova da Cidadania. Trata-se de uma prova de conhecimentos gerais sobre o Canada. Alem disso, no dia da prova, e realizada tambem uma pequena entrevista, para testar o seu conhecimento do idioma.


Eu e o Pedro lemos este guia de estudo que recebemos apos a aplicacao, que e basicamente uma aula da historia do nosso novo pais. Recomendo a leitura para todos que tenham algum interesse no Canada! Lembro tambem de termos estudado por um aplicativo que faz simulacao da prova. 

Se nao me falha a memoria, a prova contem 20 questoes de multipla escolha e ha uma tolerancia de quatro erros. Felizmente, tanto eu quanto o Pedro gabaritamos! Logo apos a prova, fomos para uma outra sala, onde os candidatos eram chamados um a um, ou por familia, para a entrevista. No nosso caso foi um bate-papo rapido e tranquilo, com perguntas simples. Ali mesmo ja recebemos o resultado positivo da nossa prova, e tambem um comprovante de cidadania, para, no dia seguinte, darmos entrada no nosso passaporte.   

A cerimonia de cidadania foi na biblioteca da nossa cidade, Whitby. La fomos nos com nossa pequena canadense, Clara, com 2 aninhos. Lembro que nosso lugar era na primeira fileira. Agora, imaginem uma crianca de 2 anos numa cerimonia seria, cheia de protocolos a seguir... nao rolou! Assim que recebemos uma bandeirinha de papel, a Clara fez a festa, pulando e chacoalhando a bandeira! Que vergonha... mas ela meio que distraiu a "banda", que estava ao nosso lado, prestando mais atencao na crianca que nas autoridades que mediavam a cerimonia. 


Guardamos esse dia tao importante na nossa memoria, com muito carinho. Conosco, nos prestigiando, estavam nossos amigos Fabio Cuizzi, que e parte da nossa familia canadense, e a Rosa da Silva, amiga querida que nos acompanha desde a nossa chegada ao Canada. 



Esta foto esta super escura, mas temos um carinho especial por ela. Ao meu lado, a entao prefeita de Whitby, Pat Perkins, que foi extremamente simpatica com nossa familia 



                                                                  Os 3 canadenses! 

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

A familia cresceu!

 Pois e! Nosso blog comecou la atras comigo e com o Pedro... e quando o encerramos, em 2012, eramos 3! Clara nasceu em 2011, portanto hoje ja esta quase uma mocinha, com 9 anos. 

Em oito anos muita coisa aconteceu e obviamente eu nao vou conseguir fazer uma retrospectiva cronologica dos fatos! Minha memoria vem me traindo! Ja tenho varios episodios divertidos pra relatar sobre esquecimento e confusao! Mas vamos por partes! A ideia e ir postando fatos atuais interessantes e, de vez em quando, fazer posts com fatos importantes do periodo em que o blog ficou adormecido.  

Neste post quero reapresentar a Clara... e apresentar a Amanda, que nasceu ha 4 anos. Vou aproveitar e mostrar tambem nosso "filho peludo", o Brownie, que nasceu em abril de 2020 e veio para nossa casa em junho. Depois vou fazer um post sobre a nossa pequena saga de como conseguir um caozinho no Canada. 


               Amanda        Clara                        

Essas sao as nossas meninas! Sao as responsaveis pelos nossos sorrisos e tambem por grande parte dos nossos cabelos brancos! Sao a nossa vida! 


Brownie 


E este e o nosso peludo! Brownie chegou meio que sem planejamento e foi a melhor coisa que nos aconteceu neste ano doido de pandemia! 

Vou deixar a foto atual minha e do Pedro para uma outra ocasiao... 😉



O Recomeco

 Oi... Estou tao sem pratica, que nem sei por onde comecar, ou melhor, recomecar! Acho que vale uma introducao. Entao vamos la!

Este blog nasceu em maio de 2007, quando eu: Dani e meu marido: Pedro ainda eramos um casal de namorados, cheios de planos, sonhando com um futuro melhor em outro pais. Criamos o blog com o objetivo de ajudar e buscar ajuda. Relatamos toda a nossa jornada de inicio de imigracao... (desce laaaaaaaaa nos primeiros posts que voce vai ver o tamanho do caminho que percorremos!). Aqui relatamos nosso casamento, nossa angustia na demora do processo de conseguir o visto de residentes permanentes, nossa mudanca, nossos primeiros passos no Canada, e fomos relativamente fieis ao blog ate 2012, quando achamos melhor encerra-lo. Na epoca, nossa primeira filha (ooops, ja dei spoiler que tem mais gente por aqui) tinha menos de 1 ano. 

Mas, quem me conhece sabe da minha paixao por me comunicar, principalmente atraves da escrita. Por muitas vezes pensei em reativar o blog, mas a correria do dia-a-dia acabava me fazendo deixar essa ideia pra la. Acabei me "dedicando" a escrever nas minhas contas do Facebook e Instagram, mesmo que de  forma mais suscinta. A verdade e que eu adoro a ideia de, ao mesmo tempo me expressar, e tambem ter meus textos arquivados. Recordar e viver! Acho uma delicia abrir meu celular e receber lembrancas de anos atras, com textos e fotos. 

Sem querer me gabar, mas muita gente ja me disse que eu deveria escrever um livro. Eu sempre respondo com um sorriso sem graca: "quem sabe um dia?". Acontece que eu me conheco: sou muito desorganizada para elaborar um livro. Amo escrever, mas sem aquela obrigacao! Os textos saem quando quererm, por isso eu gosto da praticidade e rapidez da internet e das redes sociais. 

Eis que hoje, 9 de dezembro de 2020, ano de pandemia, saudades, angustias e incertezas, eu estava na porta da casa de uma amiga conversando (com distanciamento social) e ela - mais uma vez - abordou a possibilidade de eu voltar a escrever no blog. Nao sei se foi o dia, o frio, a lua, os pes congelados, a proximidade do Natal, a vontade de abracar as pessoas, mas hoje eu recebi essa sugestao de um jeito diferente. Nunca perdi a vontade de escrever, mas estou achando que ela (a vontade) agora esta voltando mais forte. Voltei pra casa com isso na cabeca e fui pro computador tentar acessar o blog. Foi quase um parto! Depois de uns 40 minutos quebrando a cabeca, colocando e-mail, senha, recebendo codigo de verificacao, tendo conta de e-mail bloqueada porque o provedor nao se convenceu de que eu sou eu, o Pedro se lembrou de um outro e-mail que ele tinha, e pimba!! O blog se abriu na minha frente! Agora ja posso reviver, na leitura, os primeiros anos da nossa aventura canadense. 

E pra nao me alongar demais, quero deixar registrado neste post de recomeco, o significado do nome deste blog: Ser e Ter. Este foi, na verdade, o nosso lema quando decidimos imigrar. 

"SER feliz num país que nos dê mais qualidade de vida e perspectivas de um futuro promissor e TER tranquilidade para constituirmos uma família, sabendo que nossos filhos poderão viver numa sociedade mais justa e em paz." 

Hoje posso dizer que atingimos nosso objetivo! 

Bora continuar escrevendo nossa historia!

Sejam bem-vindos :) 

*com o tempo vou dar uma modernizada no visual aqui da pagina. Preciso aprender muita coisa! Por enquando ele vai ser estilo "retro" mesmo!

**obrigada pelo empurrao, Sa!!



quinta-feira, 19 de abril de 2012

Blog: Comeco, meio e fim


O início: Boa parte dos blogs que acompanhávamos desde 2007, quando demos entrada no processo de imigração, infelizmente não existem mais. Num primeiro momento, os blogs de imigrantes são uma ferramenta muito legal pra pegar dicas do pessoal que está no Canadá, e que não são achadas nos tradicionais guias de turismo. Além disso, na fase que antecede a espera pelo visto, escrever no blog é uma verdadeira terapia, dividindo sentimentos com o pessoal que está no mesmo barco. Uma das experiências mais legais que o blog nos proporcionou foi ter conhecido muita gente legal ainda no Brasil e depois por aqui.

O meio: Você chegou ao Canadá e vai comecar uma vida nova. São muitas coisas pra resolver e possivelmente vai faltar tempo para o blog. Grande parte do pessoal escreve por um tempo, quando tudo ainda é novidade, mas a tendência é que num futuro próximo o blog acabe.

O fim: Acho que o Facebook foi a verdadeira pá de cal nos blogs. Coisas que certamente seriam publicadas no blog em tempos anteriores, acabam virando um post enxuto na rede social, que atingirá o público-alvo.

No que se refere aos blogs de imigrantes, temos dois opostos: desde aquele que não se identifica e/ou não publica foto pessoal, até aquele que só falta postar o número do RG.
No nosso caso, não chegamos aos extremos acima, mas como o objetivo do blog era principalmente manter família e amigos a par das nossas aventuras por aqui, acabamos disponibilizando bastante informação pessoal.

Bom, toda essa introdução é pra dizer que o blog cumpriu sua missao. Como dito antes, o Facebook acabou o substituindo e, com o nascimento da Clara, a questão da privacidade acabou ficando mais a flor da pele. A gota d'agua foi quando percebemos de perto que há pessoas que, mesmo sem ser do nosso convívio, falam mal pelas costas, provavelmente obtendo parte das informações por aqui. A elas, recomendo a releitura do post "Quando a felicidade incomoda".
Aos demais, que com certeza são a maioria, meu agradecimento por terem acompanhado nossa história.
P.S. Gostaria de encerrar o blog em alto astral, com uma fotinho recente da Clara, nosso maior tesouro e que dinheiro nenhum compra. : )